9 diferenças, semelhanças e mitos entre brasileiras e gringas

Na minha andança pelo mundo e no meu regresso ao Brasil, uma pergunta muito comum que homens e mulheres (menos minha mãe) fazem é a respeito da diferença entre a mulher brasileira e as gringas.

Há uma tendência à valorização da mulher brasileira lá fora por conta do carnaval e samba. Isso faz com que muitas características das brazucas sejam superestimadas e outras subvalorizadas. Resolvi listar algumas.

Cabe fazer a velha ressalva, que como toda generalização as exceções ficam de fora, sejam pelas brasileiras como pelas gringas, mas o objetivo é falar pela média mesmo.

Vamos lá:

Unhas – Brasileiras são FANÁTICAS por unhas. Não é a toa que há salões em quase toda esquina por aqui e nomes dos mais bizarros para cor de esmalte. Além disso, o serviço é muito mais barato e de qualidade que lá fora. Nesse aspecto as gringas perdem feio. “Cutícula” talvez seja uma palavra que ao lado de “saudade” só exista no português, é normal ver um monte de pele amontoada no dedo delas. “Acetona” talvez seja algo que as gringas só aprendam na aula de Química, unhas com restos de esmalte parece moda entre elas;

Já comentei certa vez em um post antigo do blog, homens não prestam tanta atenção assim em cores de esmalte, mas uma mão parecida com a do instrutor da minha academia não é legal;

Carinho – Isso foi o que mais senti falta lá fora. Cafuné na nuca, carinho na mão, beijos despretensiosos no pescoço e demais demonstrações de afeto são incomuns em regiões fora da América do sul / Península Ibérica;

Amor intenso e expresso – As brasileiras amam com mais intensidade e apaixonam-se com mais facilidade. Vejo isso quase todos os dias nas histórias que recebo da Sexta das leitoras e pessoalmente (claro), em que várias mulheres se apaixonam sem mal conhecer o cara, ou pior, por homens com tantos defeitos que eu queimo o cérebro tentando achar as qualidades pelas quais elas se sentiram atraídas. Só que esse amor muitas vezes dura uma estação, logo aparece outro cara e o ciclo novelesco se repete;

Roupas – Em quase todos os países há aquele grupo de mulher que acredita que quanto menos roupa e mais grudada, mais sexy e estilosa ela pensa que é, quando apenas está sendo vulgar e reles. Excetuando-se essas, lá fora as mulheres tendem a vestir-se com mais estilo que aqui;

Depilação – A depilação brasileira ganhou o mundo, em quase todo salão melhorzinho lá fora há o “brazilian wax” (Depilação brasileira). Com exceções das desleixadas, as gringas sabem se depilar e costumam tirar tudo.

É um mito dizer que europeia é peluda. As vezes acontece da perna não estar em dia, e a explicação delas é que em regiões frias poucas mulheres andam com perna de fora, logo a depilação não entra na rotina. O que me faz lembrar-me do sujeito que não apara os pelos pubianos, pois não tem transado com ninguém. Ai o dia que acontece uma eventualidade, o cara tá com uma moita no pau, e no caso a mulher com perna de caranguejo;

Objetividade – Entender o que se passa na cabeça das brasileiras (e brasileiros) é uma tarefa árdua. Para não magoarmos as pessoas, tendemos a florear as palavras, dar voltas para dizer “não”, usamos muito “talvez” e por ai vai. Lá fora muitas vezes fiquei impressionado com a objetividade e frieza com que elas diziam na minha cara se não gostavam de algo ou quando no primeiro encontro questionavam se eu não queria ir pra casa delas;

Cama – Talvez esse seja o maior mito, que a mulher brasileira é mais fogosa do mundo. A pessoa se soltar na cama não está tão relacionado com nacionalidade (com exceção das asiáticas), mas mais com uma questão pessoal.

Na minha opinião, o mais difícil para que o sexo com uma gringa seja agradável é a barreira linguística. Por mais que você seja fluente em inglês, soa muito estranho traduzir uma palavra que vem lá de dentro, quase instintiva e animal. Nada como soltar um “gostosa” de boca cheia ao invés de um “you are so hot” cheio de cuidados com a pronúncia. A melhor coisa é evitar palavras e ficar só no “hum hum hum”;

Beijo – O beijo brasileiro é anos-luz melhor que lá fora. Nisso somos especialistas, pois criança aqui dá selinho na mãe, um estranho beija três vezes na bochecha para cumprimentar alguém do sexo oposto numa reunião, beija dez bocas numa noite de carnaval, temos até um doce chamado beijinho, pera, uva, maça e salada mista estão longe de serem meras frutas. É uma beijolouquice.

Em muitos países o beijo em público não é bem visto, então talvez falte um pouco de prática e desinibição para as gringas. Por outro lado, em especial as americanas, adoram dançar rebolando o traseiro no pau dos caras no meio da pista, mas raramente beijam. Vai entender.

Biquini – É a melhor forma de reconhecer uma brasileira na praia lá fora (isso quando ela não está usando uma canga da bandeira nacional ou do senhor do Bonfim). Não apenas por questão do tamanho, mas do design em si. O biquíni brasileiro é estiloso e bonito, o gringo normalmente obedece dois principais estilos: uma estampa infantil/brega no corpo de uma jovem ou um modelo de terceira idade no corpo de uma jovem. As vezes é possível encontrar as duas combinações juntas, o modelo de vó com estampa de criança. É um horror.

Nesse quesito eu tenho telhado de vidro. Não que eu use biquínis, mas por ter sido criado praticamente na praia, uso sunga e lá fora o traje é motivo de piada.