Desabafo, mimimi e mulher com atitude (de novo)

Depois de dias de imersão nos meus posts antigos, estou finalizando a catalogação e edição dos melhores. Pretendo mais pra frente ordená-los dentro uma lógica e provavelmente lançar um livro. Alguns posts publicarei aqui, aguardem.

A primeira coisa que me chamou a atenção nesse trabalho foi a evolução da temática e minha postura ao longo dos anos. De 2007 até o meio de 2009 foi a fase pinto loucura. Eram poucas análises e muitos relatos das garotas que eu saia e meu desapego com a maioria (ou todas). Do meio de 2009 até final de 2011 foi uma fase mais madura e analítica, em que passei por dois namoros e comecei a enxergar relacionamento em outra perspectiva. Em 2012 a coisa degringolou. Salvei pouquíssimos posts, meus textos estavam pesados e eu sem paciência. Além de uma mudança pessoal, teve uma externa. Reparei em um movimento que os outros cafas que aqui escreveram no meu lugar já haviam comentado, e que vejo voltar com força nesse retorno, a crítica destrutiva das feministas.

Um dos diferenciais do blog sempre foi o engajamento das leitoras nos comentários, que geralmente eram longos e elaborados. Muitas vezes com críticas construtivas e puxões de orelha, o que sempre recebi bem. Ainda vejo esse tipo de comentário bacana por aqui, porém o movimento feminista radical e com ideais toscos insiste em voar sobre o blog, cagar uma crítica destrutiva, ir pra outro poleiro e depois voltar pra cagar mais um pouco, em uma dinâmica cíclica sem fim.

Não consigo entender essa dinâmica. Como eu disse, odeio programas futebolísticos que ficam horas discutindo faltas, impedimentos, jogadores e demais nulidades. O que eu faço? Sintonizo no Globo Esporte todo dia e fico atazanando na página deles dizendo que só produzem frivolidade? Eu não.

Só que aqui a mesma garota que me chama de burro e óbvio em um post, no próximo está toda feliz compartilhando um texto com amigas e dando risada. Não tem o menor sentido.

O ápice pra mim chegou no post retrasado em que citaram meu nome, me esculhambaram esteticamente, tentaram publicar uma foto, entre outras críticas comparáveis a adolescentes que fazem bullying.

Enfim, desabafos e mimimi´s a parte, acho que vale resgatar algumas coisas aqui que talvez não estejam claras para quem lê, seja por ser uma leitora nova ou ter esquecido o propósito do blog.

O blog cham-se “MANUAL DO CAFAJESTE (PARA MULHERES)”. Vamos por partes:

Manual do cafajeste” = Quer dizer que o blog não é escrito por um cara fofo, não sou bonzinho, não sou feminista, nem um príncipe. Relato as minhas histórias e pontos de vista com base em um cara que gosta de conquistar, que sabe a hora de tratar uma mulher bem e a hora de trata-la mal (por favor, interpretem isso figurativamente), que gosta de ser chamado para pequenos atos como abrir um pote de palmito (ok, eu sei que você consegue abrir) que não gosta de romantismo e não tem saco pra metrossexulidade e feminilização dos homens. Se essas características são típicas de um machista, então me enquadrem como tal.

Para Mulheres” – Ou seja, eu não escrevo para homens, apesar de ter um número razoável de leitores. Sempre após escrever um post com críticas sobre algumas mulheres, vem alguém reclamar que não falo nada dos homens, que há vários tipos de homens toscos no Tinder e eu não abordei. Como eu vou analisar tipos de homens se eu não reparo neles? Talvez eu deva mudar o filtro do Tinder e olhar os meninos? Não, nem pensar.

Tomo como base a minha referência e dos meus amigos. E talvez por isso o post retrasado gerou discussão, já que na minha realidade nós gostamos de conquistar, não de ser o passivo da relação.

Não consigo imaginar como pensa um homem tímido e romântico, mesmo porque a nossa média no Brasil não tem esse perfil. E acho inclusive algo louvável. Todas as gringas que conheci são enfáticas ao falar da qualidade dos brasileiros, sabem chegar, tem pegada e fazem a coisa direito. Óbvio que tem a parte negativa da malandragem e mulherengos, mas faz parte do Mc Lanche Brazuca (não que eu ache bonito).

Eu sei que agir como “cafa” espanta uma parte significativa das mulheres boazinhas em um primeiro momento, não é algo que me qualifica frente à classe feminina, exceto para uma pegação casual. Só que ai depois da primeira ficada eu mostro que eu não sou apenas testosterona. Aqui vale o mesmo para as mulheres que ficaram sentidas, pois gostam de chegar em homem. Como eu disse, boa parte vai achar esquisito, os tímidos e inseguros vão amar, mas ai cabe a você mostrar depois que não é uma devoradora de homem.

Outra coisa que observei nos comentários foram as mulheres que não cogitam chegar em um cara, mas ficam chateadas pela pouca oferta no mercado, já que parte é gay, parte é bagaço, parte está comprometida (sendo que metade trai) e o que o sobra está mais disputado que Black Friday. Obviamente que as mulheres que vão ao ataque saem na vantagem aqui. Para as outras garotas, vocês achariam válido que eu desse dicas sutis para chamar a atenção sem precisar fazer macacada?