Mulheres inseguras

Sempre que falamos de pessoas inseguras vem aquela imagem de alguém hesitante, meio fraco e medroso. Porém, algumas pessoas reagem de maneira contrária tentando esconder a insegurança com e agressividade e egoísmo. Digo isso por experiência própria, pois durante meus 20 e tantos anos de idade eu estava nesse último grupo.

Só que já falei muito de mim no blog. O objetivo desse post é falar sobre a minha experiência com mulheres inseguras, tema sugerido por uma leitora. Dividirei o post entre o grupo das medrosas e das agressivas.

As medrosas sempre foram as que mais me incomodavam, pois a insegurança anulava a personalidade delas e viravam um animal de estimação. Aceitavam tudo o que eu propunha, servis e obedientes sempre buscando mijar o território e faziam qualquer coisa para ter um minuto de atenção. Na menor demonstração de afeto abanavam o rabo e estavam aos pés em instantes.

A Evenilda foi uma dessas.

Ela era ligeiramente maior que eu, bonita e com um corpaço. Em condições normais de temperatura Evenilda nunca me daria bola, mas quando nos conhecemos em uma festa o papo fluiu e conquistei a garota na conversa, apesar de ela ter pouco o que falar.

Saímos daquela festa direto para a minha casa e rolou um sexo bom. Porém, era apenas isso que Evenilda tinha a oferecer. O que pra mim naquela época não estava mal e então nossos encontros se resumiam à minha casa.

Ela era um poço de insegurança e começou a me controlar, nunca mandava mensagens quando eu estava off-line no Whatsapp, mas era só eu entrar que ela mandava um “Oiii”, tal qual uma porteira do Whatsapp. Se eu não respondia vinha algumas mensagens na sequência pra puxar papo e meu celular ficava vibrando incessantemente. Um horror.

Evenilda começou a se incomodar em ir sempre a minha casa e passou a sugerir eventos sociais que eu sempre negava com uma desculpa diferente. Ela sabia que não tinha prioridade e passou a mijar no território.

Cada vez que ia em casa esquecia algum artigo pessoal, ora uma presilha de cabelo, ora uma calcinha (juro) em algum canto cego da minha casa, mas que não era tão cego pra outras mulheres que por lá passavam.

Comum em muitas mulheres inseguras da classe medrosa, Evenilda tinha uma relação de merda com o seu pai e passou a me usar de psicólogo nos poucos encontros que tínhamos. Já não dava mais pra mim. Era melhor eu me masturbar a ter um dreno psicológico por uma noite de sexo.

Em comum com a Evenilda, a Filó tinha a insegurança, só que ela era da categoria agressiva.

Conheci Filó também em uma festa, mas ela é baixa, um pouco gordinha e com um lindo sorriso. Extremamente inteligente e sarcástica, Filó me conquistou em poucos minutos de conversa. Na época ela sabia que eu escrevia esse blog e a todo instante buscava me informar que ela não cairia na minha lábia. Uma tremenda bobagem, pois é o tipo de coisa que não se fala, se faz (ou melhor, não faz nada).

Depois de uma hora conversando, Filó disse que ia dar uma volta e fui beber com os meus amigos. Demos uma volta também e não demorou muito para encontrarmos a garota se atracando com um garçom da festa em um cantinho. Naquele instante dei por encerrada as chances com Filó.

Porém, no final da noite a vi sozinha perto do bar e fui para o ataque. Deu certo e de lá partimos para a cafa-house.  Lá a garota começou a botar defeito em tudo, inclusive no meu desempenho. Quando descobri que ela gostava de apanhar, foi que a noite chegou ao ápice.

Dia seguinte me ofereci a dar carona pra ela já que ficava a caminho do meu trabalho e o papo foi esquisito. Ela começou a me contar a experiência sexual dela com outros homens recentes, como se fosse um contraponto ao meu blog, mas em áudio e ao vivo. Fiquei meio constrangido e ela seguia, inclusive pedindo a minha opinião.

Ela me adicionou no Facebook e era um horror. Parecia que ela namorava 10 homens diferentes ao mesmo tempo. Sem contar as publicações de efeito com textos chocantes e agressivos com o único objetivo de se reafirmar.

Não teve chance de repeteco, pois não deu uma semana e Filó começou a fazer um tour pelos colegas da mesma roda. Cada semana ela ficava com alguém diferente e as fofocas dos seus gostos peculiares começaram a correr pelos bastidores. Até que um desavisado depois de alguns meses resolveu namorá-la, apesar dos avisos que era bilada cino.

Foi um relacionamento terrível. Ela tinha crises de ciúme, mas colocava chifre no coitado sempre que possível e ele perdoava. Brigavam por bosta. Se ele queria sair com os amigos pra jogar sinuca, ela reclamava. Quando ele ficava em casa, ela dizia que ele não tinha vida social. Ficaram nesse inferno por quase um ano. Até que ele se encheu e terminou. Foi então que caiu a armadura da garota. Passou a perseguir o cara, começou a beber, foi internada por overdose e os pais tiveram que vir do interior buscá-la.

Por mais que seja um saco lidar com pessoa insegura, não acredito que seja um defeito que não possa ser trabalhado e superado. Porém, como eu falei antes, muitas vezes a pessoa insegura disfarça esse problema com outros (agressividade, timidez, carência, etc). Parar de mijar no território e não agredir as pessoas não fará com que Evenilda e Filó sejam mais seguras. É fundamental que elas reconheçam o problema principal, o resto melhora como consequência.