5 dicas para você parecer uma maluca na cama e 5 dicas úteis

Vez ou outra eu gosto de parar em bancas para ler os títulos de revistas femininas e buscar matérias com “Dicas para você enlouquecer um homem na cama”. Na maioria das vezes só tem groselha escrita, coisas sem sentido algum, clichê e uma ou outra dica interessante.

O ponto principal aqui é que essas dicas consideram que a leitora é um padrão de mulher. E ai o que se aplica a uma, pode sair completamente ridículo em outra. Por exemplo, eu tinha uma ex advogada, super séria e formal. Se a garota seguisse a dica de comprar uma casinha de cachorro e me esperar lá dentro pra transar, sugestão que eu vi em uma revista feminina há alguns anos, eu iria explodir de rir e meu pau cairia num estado de dormência profundo.

Dessa vez fiz uma busca no Google para encontrar quais matérias referentes ao assunto estão melhores ranqueadas, ou seja, que possui mais relevância para as mulheres. Encontrei duas, uma da Glamour e outra do Bolsa de Mulher  .

Fiz um compilado de 5 abobrinhas e 5 dicas úteis (com algumas que eu recomendo). Vamos lá:

Abobrinhas

1-) Segure o xixi – “Essa é polêmica, mas algumas moças juram que têm sensações orgásticas intensas quando estão com a bexiga cheia”. Cafa > Gente, eu nunca ouvi isso. Alguém comprova? Aliás, eu não consigo ver maior desconforto do que transar com o jarro cheio (seja o primeiro ou o segundo jarro). Há muitos anos, transei com uma garota que quando ela gozou eu recebi um jato imenso no meu colo. Ela disse que foi a primeira vez daquele jeito. Fui buscar a respeito e descobri que na verdade, quando a mulher goza, se ela estiver apertada sai mijando tudo. Portanto, se você achar que gozou pra caramba certa vez, provavelmente você deve ter mijado o cara inteiro. Não é legal.

2-) Sexo com um desconhecido – “Transar com um desconhecido é uma ideia bastante excitante para algumas mulheres. Que tal inventar uma cena dessas com o seu parceiro? Marquem um encontro em um bar a (a ideia é irem separados), vista uma roupa bem ousada, sente-se no balcão e deixe-o puxar papo. Conversem como se estivessem se conhecendo e terminem a noite em um motel diferente. De resto, é só deixar a imaginação fluir”. Cafa > Eu morro de medo de um futuro relacionamento chegar a esse ponto. A pessoa já está tão de saco cheio da outra, que precisa ficar criando teatrinhos para apimentar a relação. O grau de abstração que precisa ter para que isso funcione é muito alto. Não vejo funcionando com amadores. Acho melhor o casal chegar num acordo de uma relação aberta e cada um buscar personagens reais vez ou outra (Apesar de que não vejo isso dando certo no longo prazo).

3-) Voyeurismo – “Homens são muito mais visuais do que as mulheres e a ideia de serem observados enquanto fazem sexo é realmente excitante. Que tal esquecer a janela do quarto aberta em uma noite daquelas?” Cafa > Que asneira é essa? Uma coisa é ser visual porque eu tenho tesão na mulher que eu estou, a outra é minha vizinha de 70 anos de idade ver meu rabo branco enquanto transo com uma garota. Não tem nada de excitante nisso, sem contar que eu nunca mais ganharia pedaços de bolo de nozes.

4-) Garota de programa – “A ideia se vestir de prostituta para seduzir o parceiro é bastante comum entre as mulheres. Se você também pensa nisso, escolha uma roupa muito provocante e avise que estará à espera dele em determinada esquina (pouco movimentada, nada de se colocar em risco!). Quando ele chegar, negocie como se fosse uma garota de programa e avise que realizará todos os desejos dele. A noite vai ser quente!” Cafa > Ideia de jerico. Novamente a criação de teatrinhos. Será realmente necessário essas situações depois de muitos anos namorando ou de casado? E se a putinha na esquina ouve do cliente que naquela noite o cara que ser comido com uma cinta-caralha ou que ela transe com o amigo dele? Sei lá, eu devo estar muito antiquado ou realmente não sei brincar de teatrinho. Outra coisa, se ela fizer isso em São Paulo ela pode fazer ponto numa rua sem saída que ainda assim correrá um risco fudido.

5-) Encontre o ponto G dele – “O períneo, aquela área da pele entre os testísculos e o ânus, é megassensível. Massageie a região de leve e veja-o contorcer de prazer”. Cafa > Meninas, não! O períneo eu costumo dizer que é uma zona desmilitarizada entre duas potências que não se conversam no meu corpo, o pau e o rabo. Não invada essa fronteira, pois nenhum dos países vai gostar. Sinceramente eu tenho minhas dúvidas de homens que gostam de ser tocados nessa área, normalmente os dois países tem livre acesso.

Úteis

6-) Domine – “O controle total da noite pode ser muito excitante tanto para você quanto para ele. Amarre as mãos dele na cama e não permita que ele a toque enquanto faz de tudo para provocá-lo. Comece com beijos longos e vá descendo até terminar em um sexo oral caprichado. Ele não vai aguentar”. Cafa > A dominação é um diferencial. É impressionante a quantidade de melhor comandada na cama que não consegue ter uma atuação ativa (não me refiro no sentido do item 5). Porra, fale a posição que você quer, peça pra tomar um tapa, dê um tapa. Mais atitude e menos passividade. Óbvio, dentro do bom senso.

7-) Use seu iPhone“Nenhum App é tão divertido quanto o Spice Dice. Chacoalhe o telefone e veja os dadinhos darem a dica de uma posição nova ou uma sugestão picante”. Cafa > Minha primeira ex adorava uma parafernália sexual. Uma das coisas que eu curti que ela trouxe foi uns dadinhos com posições e mandamentos. As vezes você descobre umas posições que a princípio são esquisitas, mas dão prazer. Esse aplicativo eu não conheço, mas por favor, deixe o celular em modo avião. Já passei o constrangimento de estar mostrando foto da minha viagem para uma garota e o Tinder me avisar que eu tinha uma nova combinação.

8 -) Chupe o dedo dele (by Cafa) – É extremamente excitante ver a garota fazendo sexo oral. E tão bom quanto, é pegá-la na posição de ladinho e vê-la chupando o (meu) dedo.

9-) Mão no saco (by Cafa) – Essa é outra ignição na hora do sexo. Quando estiver um tempinho ali cavalgando, dê umas mexidas no saco do cara, como se estivesse com aquelas bolinhas de fisioterapia com um guiso dentro, saca? Sem apertar demais, claro. O mesmo na posição de quatro. Apenas cuidado com a zona desmilitarizada.

10-) Avise onde quer que ele goze (by Cafa) – De novo, vamos ter mais atitude na cama. O cara não vai adivinhar onde você gosta de ser tocada ou a posição se você não abre a boca. Quer ir pra posição que te agrade? Fale. Curte o pau do cara? Elogie. Não acha nada demais? Fique quieta. Atitude, mas com sinceridade. A cereja do bolo é quando você fala onde quer que ele goze. Óbvio, se não tem intimidade, vai pra camisinha mesmo.

E cuidado, essas dicas precisam ser usadas com parcimônia e aos poucos, conforme vocês vão se conhecendo. Alguns homens podem ficar assustados com tantos efeitos especiais de uma vez só.

O que mudou na minha cabeça nos últimos 8 anos

Nos últimos posts recebi pedidos de leitoras querendo que eu opinasse sobre o que mudou (ou não) na minha cabeça de 8 anos pra cá, quando escrevi meu primeiro post no blog.

Levantei alguns asuntos. Vamos lá:

1-) Relacionamento a distância – Eu tinha meu pé atrás com namoro a distância até começar a namorar uma garota de outro estado. Foi então que tive certeza que não funciona. O começo é uma maravilha, pois aquela vontade de estar junto vai aumentando ao longo dos dias (ou semanas) e quando você finalmente a encontra, rola uma explosão acumulada até o momento da depressão que é a despedida, mas ela faz parte dessa montanha russa de emoção que a relação a distância. O problema começa a surgir após o primeiro ano. Depois dos 25 anos de idade, você não namora uma pessoa se não pensa que com o passar do tempo subirá alguns degraus na relação (como morar junto, casar, etc). Ai se não há um plano de no curto/médio prazo estarem no mínimo morando na mesma cidade, a relação não funciona e se “funciona”, novos(as) figurantes entram em cena (falarei mais abaixo sobre traição).

2-) Transar no primeiro encontro – Essa foi uma das mudanças que mais me surpreendeu. Sempre preguei para as mulheres não transarem no primeiro encontro se quisessem algo sério. Ok, isso ainda vale para homens com uma mente mais conservadora, mas no geral não é algo crítico. Uma coisa é transar na primeira vez com alguém que você já conhece ou conversou por um tempo, a outra é ir pra cama com um cara que você acorda e nem lembra o nome. Se o seu objetivo é só dar e dane-se o amanhã, então vai pro oba-oba e viva la vida.

Mas vejam só. Quando eu estava nos Estados Unidos, conheci uma americana no Tinder que mal conversamos. No primeiro encontro ela foi me buscar numa balada e fomos pra minha casa transar. Assim facinho. Mas se eu morasse lá, seria provável que a pediria em namoro tamanha a afinidade nos assuntos, visão de mundo e química. A vida não é preto no branco, aprendi a ver as ~matizes~ e derrubar o machismo que fui criado.

3-) “Ligar” no dia seguinte – Coloco entre aspas, pois quem liga hoje em dia? Tem coisa mais chata que receber uma ligação e parar tudo o que está fazendo? Hoje, ligar virou algo tão íntimo e privado que se uma garota me liga no dia seguinte que a conheci, vou achar que ela está com algum problema ou desesperada. Vamos aproveitar a tecnologia a nosso favor. Conheceu o cara, trocaram contatos e ele não apareceu, puxe assunto de forma tranquila. Ano passado, uma semana antes de embarcar para a minha viagem, conheci uma tremenda gostosa em uma das baladas de despedida. Trocamos contato e eu muito louco, dia seguinte não lembrava o nome dela, olhava a minha agenda e ficava desesperado com tanto nome e eu sem ideia alguma de quem era ela ali. Juro pra vocês, uma semana depois, quando eu estava sentado no avião esperando fechar o embarque, a garota mandou mensagem. Tarde de mais. Porém, gostei do jeito que ela me abordou, “Oi cafa, vai na She Rocks hoje de novo?”. Se eu fosse, seria um convite para encontra-la; se não fosse, seria uma oportunidade para chama-la pra fazer algo; e se eu não quisesse vê-la simplesmente falaria que já tinha outro compromisso e não falaria mais nada.

4-) Importância do sexo – Eu costumava dizer que o sexo tinha importância em 75%, hoje penso que tem 70%. Não dá pra tirar o peso dele da matemática de uma relação. Se o casal se dá super bem, é carinhoso um com o outro, são parecidos e etc mas o sexo é uma bosta, vira amiguinho. Ponto. Eu quebrava o pau com a minha ex, mas na cama era uma coisa absurda e todos os problemas eram superados, ainda que temporariamente. Outro ponto, com o passar dos anos a frequência do sexo diminui e se a qualidade não é boa, difícil a relação funcionar.

5-) Pagar a conta – Antigamente eu defendia que a conta deveria ser dividida, mas hoje penso de uma forma um pouco diferente. Sempre critiquei o feminismo de conveniência, em que a mulher briga por igualdade dos sexos, mas quando vem a conta do restaurante ela prefere voltar a ser submissa ao homem e acha cavalheiro o cara pagar. Contraditoriamente, não curto dividir, o ato de passar duas vezes a máquina do cartão me incomoda e o garçom sempre faz cara de bunda. Sempre proponho a pagar, mas acho de bom tom a garota oferecer pra dividir. Se ela insiste, proponho que na próxima saída ela escolha o restaurante e retribua a minha gentileza. Obviamente já teve muito espertinha que se fez de morta no acordo, mas ai já demonstra algo da personalidade dela que logo a transforma em mais uma na minha agenda.

6-) Limites no sexo – Sempre preguei colocar limite no sexo e mantenho a minha opinião. Acho bacana e importante explorar o sexo, descobrir novas ~formas de prazer~, posições e tal. Porém, você precisa colocar um freio e limites, pois o sexo por si só é uma estrada sem fim e limite de velocidade. Você vai pegando velocidade, sentindo o ventinho na cara, é gostoso né? Ai pisa mais forte, aumenta a sensação de prazer e vai acelerando até chegar numa curva e quebrar a cabeça. Recomendo um filme muito bom sobre o assunto (“Kinsey – Vamos Falar de Sexo”). Esse cara foi um dos primeiros sexólogos nos Estados Unidos e em sua pesquisa começou a mergulhar no sexo para entender todas as formas de prazer e no final acabou se multilando (e quase louco), pois descobriu que algumas pessoas sentiam prazer na dor e queria comprovar. Quando me masturbo, as vezes penso, “cara se eu morresse agora e alguém olhasse por onde ando navegando no Elephantube, seria algo que mancharia minha reputação? Não, ai volto a bater uma. Claro, enquanto é uma mera fantasia, o problema não é tão grande, mas a partir do momento que você a executa, ai vem os riscos.

7-) Tamanho não é documento e mulher-repolho – Acho uma hipocrisia tão grande quando vejo pessoas dizendo que tamanho não é documento. Todas as garotas que eu conversei sobre o assunto dizem que influencia sim, que pelo menos é preciso ter um tamanho mínimo e não pode ser fino. É óbvio que o cara precisa saber o que fazer com uma arma na mão, não adianta ter uma bazuca e não saber atirar, por outro lado o que adianta o cara ter um estilingue, ser ótimo atirador, se no máximo consegue matar passarinho? Você ai dando risadinha, mas saiba que homens também julgam a sua perereca. Poucos homens gostam de mulher-repolho. Mas não desespere, eu odeio minha altura (não vou falar qual é) e sei que é uma nota de corte para um monte de mulher, mas confio nos meus outros atributos para compensar.

8 -) Traição – Esse é um assunto beem delicado e provavelmente no futuro escreverei um post a respeito. Eu era taxativo, abominava traição em namoro, pois seguia o lema que se fosse pra chifrar, não namorasse. E lá veio a vida me dar uns tapas na cara. Meu primeiro namoro (longo) eu não trai, simplesmente não sentia vontade de pular a cerca. Porém, o segundo virou uma várzea. Cheguei a pontos despeitosos que não me orgulho e me arrependo hoje em dia. Só que eram tantos fatores envolvidos (entre eles a distância e insegurança com a garota) que simplesmente acontecia. Ao contrário do que dizem, eu não ia procurar em outras o que eu não tinha com a garota, pois na verdade ela era o meu número em todos os aspectos. Ela descobriu e me perdoou. E pasmem (adoro essa expressão), no final do namoro, descobri que ela também me traia. E pasmem (2), eu a perdoei. Só que meses depois percebi que as traições (minha e dela) poderiam voltar a ocorrer, pois o problema estrutural, o que nos levou a trair, não foi resolvido. Ok, foi dado o perdão, mas a causa não foi tratada. É como um doente que está com dor e ao invés de identificar a doença, o médico receita analgésico. Ele funciona por um tempo, mas depois a doença piora e mata o paciente.

A minha primeira vez…no Tinder

Logo que terminei meu namoro, há mais de dois anos, achei que eu soltaria um leão faminto de dentro da jaula. Porém, quando a abri, o bicho estava há tanto tempo em cativeiro que colocou a cabeça pra fora, olhou com medo o que se passava no mundo e deu tímidos passos para reaprender a caçar.

Não foi fácil. Eu tinha perdido completamente o approach (e confesso que o saco também) de chegar em mulher na balada, bares e afins. Ao invés de sair atirando, eu escolhia uma, analisava e logo vinha uma série de defeitos. Ai pensava comigo, “bom preciso beber mais”. Bebia mais, passava do limite e em minutos pegava um táxi de volta pra casa. Isso aconteceu várias vezes.

Porém, em um belo final de semana fui apresentado ao Tinder. Ai tudo mudou. O leão ficou até gordinho de tanta comida disponível e sem gasto de energia. Tenho tanta história que daria um livrete só sobre o aplicativo, mas por ora focarei nas duas primeiras experiências. Claro, foram horríveis.

Para os saudosos dos primeiros meses do aplicativo no Brasil, a coisa era fantástica. Muita pessoa bonita e match toda hora.

Naquele sábado deu um match com uma garota maravilhosa. Só que pouco acostumado aos tipos de Tinderelas (farei um post a respeito), não me atentei ao tipo de foto que ela colocava e foquei mais no rosto.

Puxei assunto e pra minha surpresa a garota tinha um excelente gosto musical (“grunge”) e um humor interessante. Marcamos de ir a um pub.

A garota era bastante fotogênica. Ou seja, linda na foto. Apenas na foto. Pessoalmente ela tinha algo esquisito nas expressões faciais que me lembrava um pouco o Roberto Justus quando adota um tom professoral no “O Aprendiz”. Ela usava um vestido meio estufado, que não me permitia avaliar a dimensão exata do corpo. Enfim, esperei que o papo ao menos fosse agradável.

Só que a garota era aquele tipo de mulher que pensa que mostrar personalidade é sempre discordar do parceiro e/ou caçar polêmicas. E mesmo conversando sobre bandas grunges, assunto difícil de gerar polêmica, as minhas prediletas eram inferiores às dela. Pra mim a noite estava encerrada, pois com tanta negatividade a minha barra de energia já estava entrando em emergência. Porém, ao pagar a conta, ela me perguntou se estava a fim de um after. Levei-a pra casa. Sim, deixei a cabeça de baixo pensar por mim.

Chegamos em casa, coloquei um som e abri um vinho. Tentei puxar um assunto qualquer, mas ela tinha que fazer uma observação chata sobre a música que coloquei. Ai o leão acordou de vez, falei pra ela ficar quieta e fui pra cima no nível 5 da agressividade. Era isso que ela queria, e disse que eu não era homem para fazê-la calar a boca e me deu um tapa na cara. Foram poucas vezes que tomei um tapa assim. Não foi aquele tapa de maldade, mas de um tesão acumulado e me convidando para sentar a mão nela. E assim foi.

Eu gostei mais dos tapas que do sexo em si. Calma, não sou sadomasoquista, mas os tapas eram mais naturais, espontâneos e estimulantes que as outras frentes de trabalho da garota. Sem contar que embaixo daquele vestido estava escondido um pneu aro 18. Apesar de tudo demos duas naquela noite e ela morreu na cama.

Tive que acordar com ela do meu lado e ai veio um flashback de quantas vezes eu torci para garotas insuportáveis virassem pizza a noite logo após o sexo. Nesse caso, eu queria acordar com um bacon.

Bom, não satisfeita de dormir em casa sem ser convidada, ela ainda perguntou o que eu iria preparar de café da manhã. Passou na minha cabeça dar uma pingolada no copo de leite e servir pra ela, mas a minha educação e idade me censuram a esse respeito.

Preparei um sanduiche light e café. Aquela situação me incomodava demais. Eu não queria puxar assunto, nem ser mal educado, apenas que ela se tocasse com o meu silêncio que era hora dela picar a mula. Ao invés disso, perguntou-me se eu tinha olhado a camisinha na noite anterior e visto se estava inteira. Respondi secamente que sim. Depois ela perguntou se eu tinha lavado a mão quando abri a segunda camisinha. Ai respondi impaciente que não e retruquei se ela tinha usado guardanapo depois do oral. Pronto, era o que ela queria.

A garota entrou numa nóia sobre sexo seguro que por um instante eu pensei que poderia engravidá-la com os dedos. Depois de meia hora nesse assunto eu disse que precisava almoçar com a minha tia e levei-a pra casa.

Deu cinco minutos e veio a primeira mensagem no meu celular perguntando se eu tinha alguma doença. Ignorei. Na segunda ela me ameaçou (fisicamente) que se tivesse algo eu estaria enrascado. Na terceira eu a bloquei.

Fiquei alguns dias com receio dela aparecer na porta de casa. Resolvi dar uma folga ao Tinder. Era muito azar logo no primeiro encontro cair numa furada.

Porém, eu ainda tinha contato com uma segunda garota que conheci na minha primeira investida no aplicativo. Ela parecia bem melhor. E eu achei que um raio não cairia duas vezes no mesmo lugar. De fato não caiu. O primeiro caiu em casa e o segundo no litoral, onde passei um final de semana com essa nova garota.

Contarei no próximo post.

p.s Agradeço todas as mensagens de carinho recebidas no post anterior. Era algo que eu valorizava e sentia muita falta. Fiquei feliz de rever um monte de nome “familiar” daquela época comentando aqui. Obrigado!