Já rolou várias vezes comigo. Conheço a garota, primeiro encontro é bacana e teve química na cama. O início perfeito para qualquer futura relação, certo? Só que ai aparece uma mania irritante ou um traço de personalidade que faz com que a primeira (boa) impressão caia por terra. Conversando com amigos, listamos algumas:
Monopolizadora de conversa e narradora de foda – Tá, esse traço pode ser sentido já no primeiro encontro. Porém, nesse caso normalmente as pessoas estão mais tímidas e se a garota tem a habilidade de falar bastante, não chega a ser um defeito. O problema é depois.
Normalmente quem fala muito, não ouve nada. E ai a garota te fagocita nos assuntos que ela quer e mesmo que você ensaie mudar para outro tema, ela arruma um jeito de voltar ao assunto chato. Sai uma vez com uma contadora que só sabia falar da empresa e chefe, quando eu tentava falar sobre a minha empresa, ela dava aquela risadinha de canto de boca, soltava uma frase babaca e que não permite continuidade como “ninguém merece” e novamente voltava a falar sobre a área contábil.
Nesse grupo geralmente estão as narradoras de foda. Não contentes em querer monopolizar o assunto no restaurante, na cama ela precisa descrever tudo o que acontece. E ai vira a Galvã Bueno da trepada, “Agora quero que você chupe a xoxota”, “Isso, chupa, continua, assim, isso”, “Agora me coma de quatro, vem. Coloca. Isso.”, “Que delicia né? Tá gostando? Gosta de me comer?”. Eu tenho mais trabalho em obedecê-la e responder ao questionário sexual que realizar o ato em si. Como falei no post anterior, atitude sim, mas com bom senso.
Múmia – Eu não sei o que é pior, sair com a matraca acima ou com uma planta. Nunca dá pra saber o que a múmia está sentindo. A conversa parece um questionário, quase nada vira um diálogo espontâneo. Se ela não fala numa mesa de restaurante, imagine na cama? Com esse tipo de mulher eu gosto de transar olhando pra ela, para tentar identificar alguma mínima reação de prazer (nem que seja um apertar de olhos), pois se pegar de costas dá a impressão que ela está dormindo.
A chata das redes sociais – Esse é o tipo moderno da mulher broxa que mais cresce. Elas são as hiperativas das redes sociais e possuem cadastros em todas. São as primeiras a curtir seus posts e fazem comentários tontos só para mijar no território. Duas vezes por dia ela muda sua foto de perfil do Whatsapp e Facebook para caçar comentário/like, além de colocar alguma selfie fazendo biquinho no Instagram com o mesmo intuito.
Elas estão sempre atentas no status do cara. Se ele fica online, não demoram 2 minutos para puxar assunto. Tenho duas conhecidas que volta e meia eu dou uma bloqueada. Costumo postar muito pouco no meu FB e Instagram, mas assim que o faço, eu conto até 5 minutos para elas me chamarem no Messenger e fazer alguma observação chata sobre o que postei.
Certa vez eu estava conversando com a minha mãe e uma dessas pentelhas não parava de mandar mensagem (é terrível quem manda mensagem picada ao invés de uma só. O celular não para de zumbir). Pedi licença para minha mãe e bloqueie a garota. Ela me ligou. Bloqueei a chamada. Recebi um SMS: “O que eu te fiz?! Você está me deixando louca”. Só não bloqueei o SMS, pois fiquei com receio que ela enviasse um telegrama.
A boba das redes sociais – A boba é uma variação do perfil acima. A diferença é que ela parece um robô infantil e não há conversa. Ela se comunica por meio de emoticons e está sempre dizendo “bom dia, boa tarde, boa noite” como um cuco-louco. Um amigo da minha faixa etária está “saindo” com esse tipo de garota (ela tem 20 anos) e além das saudações diárias, sempre que ela quer ir pra casa dele envia o emoticon do vovô + uma casa + emoticon com olhar apaixonado. Se ele fala que não vai dar aquele dia, ela manda uma carinha de choro, se ele fala que rola, envia um emoticon chorando de rir. Patético.
A viciada no telefone – Dentro da categoria digital encontramos essa garota. O telefone vira uma terceira pessoa na relação. Qualquer zumbida no aparelho ela precisa checar o que é. Se ela se segura para não pegar o telefone na mesa, assim que entram no carro lá vai ela atualizar-se das últimas postagens no Instagram e deixar o cara como motorista.
Muro das lamentações – Essa é um pouco mais rara, mas quando aparece perde-se muitas barras de energia. A garota simplesmente não consegue elogiar nada. Ou ela está neutra (com sua entusiástica frase “pode ser” ou “tanto faz”) ou criticando tudo que vê pela frente. Confesso que sou bastante crítico, mas tento utilizar esse defeito para fazer piadas, o que as vezes cola bem. Uma vez conheci uma Muro das Lamentações, que além de criticar minha carreira, conseguiu falar mal da cebolinha de estimação que eu tinha em casa. A cebolinha morreu em 6 meses. Juro.
Madame – A madame acha que a casa do cara é extensão da casa do papai. Ou seja, uma casa auto-limpante e com comidinha pronta sempre que ela tiver fominha. Se o cara vai preparar algo pra comer, ela senta a bunda na cadeira, enquanto toma algo e fica batendo papo (ou mexendo no celular). É preciso dar um toque para que ela ajude com algo, mas geralmente ela mais atrapalha que ajuda. Obviamente que não lava uma louça, afinal se ela não lava em casa, por que lavaria fora? No meu caso, a coisa que mais irrita é toalha molhada na cama. Qual a dificuldade de estendê-la no box?
Paladar de criança – Conforme você vai ficando mais velho, espera-se que haja uma evolução na sua vida, não apenas da idade ou profissional, mas em todos os aspectos por menores que sejam. Sua mente abre para novidades, busca novas experiências e ganha consequentemente maturidade. E aqui entra o paladar. É incompreensível sair com uma garota de quase 30 anos que só come prato feito, tem repulsa em provar pratos diferentes e não ingere álcool.
A ex do meu melhor amigo entrava nesse quesito. Era um saco sair de casal, tínhamos sempre que ir em pizzaria (ah sim, a dela não podia ter orégano). Pedíamos vinho e na segunda garrafa ela já fazia cara feia para o namorado, enquanto todos conversam, riam e se divertiam.