Taras femininas

Conheci a Claudia em um bar, trocamos contato e começamos a sair. No primeiro encontro já levei-a pra casa e rolou uma química bacana, nada espetacular. Era muito nova pra mim, 19 anos de idade. Só dava pra ficar na cama mesmo, pois nossos papos tinham um abismo colossal a ponto dela não saber o que era uma adega. Um descalabro pra quem ama vinho, como eu.

Na segunda noite, logo após transarmos, Clau revelou um segredo que me deixou todo animado. Ela tinha terminado com a namoradA recentemente, um namoro de dois anos e eu era o terceiro homem da vida dela. Claro, a primeira coisa que veio na mente do babaca foi “opa, chama lá sua ex pra gente fazer uma brincadeira”. Porém, pensei melhor com a cabeça de cima e isso seria uma ofensa sem noção. Fiquei quieto e esperei o convite vir dela (não que fosse com a sua ex, mas com uma garota também), que nunca chegou.

Lembrei-me dessa história após a leitora Rafa dividir comigo um post do blog Casal Sem Vergonha, em que as leitoras deles enviaram quais seriam as suas fantasias sexuais. É uma lista com 53 coisas, entre algumas bizarrices, os temas se dividem em 4 grandes grupos. Darei minha impressão sobre eles:

 Lesbo – Beijar amiga virou uma modinha tão chata na balada que pra mim sempre foi difícil saber o que era real desejo e o que era uma tentativa de chamar a atenção dos homens. Porém, pelas últimas conversas que tive com mulheres que possuo um papo mais aberto, compreendi que transar com garotas é algo mais comum do que eu imaginava. A cabeça dos homens nesse quesito é aberta, apenas os puritanos/bobos rejeitariam uma garota que curte mulher também. O problema é que a linha entre mente aberta e putaria é bem tênue. A maioria faz o raciocínio com a cabeça debaixo e já imagina uma festinha a três. Semana passada uma leitora me questionou por email se os homens se sentem mais inseguros com uma garota bi. Minha resposta é “não”, porém fatalmente pensarão em putaria. Ai cabe somente a você mostrar que ser bissexual não necessariamente implica festinha. E caso você tenha interesse em festinha e curte o cara, deixe para revelar a tara depois que já tiver bastante intimidade, lançar de início vai te carimbar como festeira e raramente como potencial namorada.

Grupal – Esse é bem delicado. 90% dos homens não veem problema algum em enfiar uma mulher a mais na cama, agora cogite introduzir um cara, é pau na certa. Blablabla machismo e whyscas sache a parte, se você tem uma imensa vontade de dar pra dois caras ao mesmo, eu tenho uma sugestão. Por favor, não recorra a garotos de programa, é um risco imenso. Realizar com um conhecido também não é uma boa ideia, pois sem sombra de dúvidas que a sua história cairia na roda (homem nesse quesito é bem fofoqueiro). Use a tecnologia a seu favor, nosso amigo Tinder. Se você mora numa cidade com mais de 500 mil habitantes, é difícil você encontrar conhecidos por lá. E ai, conheceu o cara gato pinto-loucura? Depois da primeira noite de sexo e saber que ele não é nenhum maluco, abre o jogo. É bem provável que ele dê um jeito. Para evitar risco, vá para um motel.

Voyeurismo – Mulher adora fazer sexo com “plateia” ou ao ar livre. Aprendi isso nessa viagem que fiz. As minhas melhores trepadas foram na área social de um hostel em Tel Aviv, na praia de Waikiki no Havai e duas em um parque de frente para a Opera House em Sydney (Australia). Estão na minha sala de troféu, mas confesso que eu ficava com mais medo que as garotas. Só que algo comum entre elas, é que praticamente ignoravam se estava passando alguém, olhavam raramente ao redor e voltavam a transar com mais entrega e intensidade que dentro de um quarto de hotel.

Veja bem, eu transava nesses lugares não porque sou fã de voyeurismo, mas porque eu me hospedava em hostel em quarto compartilhado, logo não havia muitas opções de lugares pra transar. Eu também não queria entrar a pé ou de táxi em motel. Transar ao ar livre foi uma necessidade que acabou virando algo bacana. Talvez por isso foi legal. Eu não falava pras garotas “vamos ali que o maníaco do parque aqui quer te comer no bosque”. Eu simplesmente falava que era possível observar as estrelas ou os barcos e conversar com mais tranquilidade no lugar. Use essa isca também.

Submissão – Esse grupo aqui eu não tinha sombra de dúvida. Veja na lista e conte as mulheres com tara em dominação. Eu encontrei uma, a retardada que gostaria de ver o namorado com tesão por dar a bunda. Tirando essa maluca, há dezenas de mulheres com tara em “ser submissa, que o cara bata / fale palavrão, ser prostituta, fazer boquete para o policial, transar com militar” e por ai vai. Contraditoriamente, li um monte de mulher aqui em post passado dizendo que gosta de tomar a atitude na conquista e que alguns homens não se importam com isso. De fato. Porém, homem que gosta de dominar, que dá tapa e fala palavrão dificilmente é aquele que não tem atitude em chegar na mulher.

Bizarrices – Nas vielas estreitas e escuras de sites como Redtube, Pornhub, Elephanttube circulam vídeos que até o capeta ficaria com vergonha. Tem gente que acaba literalmente se perdendo por lá. Eu não consigo entender certas taras, como transar com polvo. Coitado.

Enfim, no caso das garotas aqui, além da goiaba que eu citei no grupo acima, vi outras coisas que gostaria de compartilhar pra saber se são casos isolados ou de fato alguém sentiria tesão nisso:

“Pedir para o meu namorado assistir minha transa em vídeo com um ex” – Essa garota deve estar querendo terminar com o namorado e não sabe como falar. Nenhum cara normal teria tesão em assistir o vídeo da namorada dando pro ex. Que coisa mais descabida;

“Ser chupada por dois” – Não consigo visualizar isso. OK, um chupando embaixo e outro em cima, certo? Não tem espaço ali embaixo pra duas bocas não, fatalmente rolaria duas línguas de macho se tocando no meio do caminho entre os dois buracos. Credo;

“Transar com pai e filho junto” – Isso é doentio. Eu não consigo ficar pelado na frente do meu pai. Se um dia ele me visse masturbando, ia morrer de vergonha. Não consigo nem imaginar dividindo uma mulher;

“Transar com um travesti” – Sem comentários.