Passeando com a fala mansa em São Paulo

Era uma noite de inverno paulista, faltavam duas semanas para eu iniciar minha viagem e já tinha dado início às festas de despedida. Meu amigo mais próximo convidou-me para um bar balada recém-inaugurado na capital, onde seria o aniversário de uma ex-peguete dele, que segundo me informou estava querendo voltar. Essa garota é uma modelinho, e por consequência, o lugar supostamente estaria repleto de pessoas do meio dela. Fui lá todo feliz atrás do cardume.

Chegamos à porta e deu uma dor no bolso, pois havia um mínimo de consumação de R$ 150,00. Respirei fundo e pensei “bom, esse é o preço que se paga para frequentar lugares onde vão modelos” e entrei todo feliz.

O lugar era bonito, bem decorado e espaçoso. Só que eu via apenas casais GLS e turma de menines. Comentei com o meu amigo que aquilo estava estranho. Depois de andar bastante finalmente encontramos a mesa da garota. Ela de fato trouxe todos os seus amigos do meio, cabelereiros, maquiadores, modelos homens, casais e apenas uma mulher que se fosse modelo, eu seria o Richard Gere. Detalhe, a ex-pequete do meu amigo estava com um cara. Não entendi um cacete daquilo.

Na mesa havia umas três garrafas quase vazias de vinho e pratos de porções quase finalizados. A aniversariante muito malandra disse que para “facilitar” a conta eles estavam juntando todas as comandas para depois dividir por igual com todos. Eu abomino essa prática quando há mais de quatro pessoas na mesa. Sempre tem o casal espertão da roda que pede a bebida mais cara, toma em maior quantidade, resolve sair um pouco mais cedo e deixa uma migalha de dinheiro para abater do final.

Eu não estava nem um pouco a fim de pagar lanche para pessoas que eu não tinha intenção alguma de agradar ou pegar, e gentilmente falei para ela não se preocupar, pois eu ficaria pouco tempo, já que tinha outro compromisso (mentira) e sairia mais cedo. Obviamente que todos me olharam como se eu fosse um mendigo. Dei a mínima.

Depois desse combo de alegria, falei que ia ao banheiro, dei uma piscada para meu amigo e insinuei discretamente que ele me acompanhasse. Ele não sacou o toque, e sim um dos maquiadores, que fez cara de desejo pra mim. No banheiro me enfiei em uma das cabines com receio que o cara viesse atrás do lado de mim no mictório, e enviei uma mensagem ao meu amigo para nos mandarmos dali assim que finalizássemos nossa comanda. O cara estava puto também pelo fato da garota estar acompanhada.

Meu a amigo e eu juntamos nossa comanda e pedimos uma garrafa de vodka para dar um up e já fazer esquenta para uma balada que iríamos na sequência. Só que vodka é um perigo pra mim, na metade da garrafa ela adormece todos os meus neurônios e fica apenas Tico e Teco batendo cabeça.

A lógica era óbvia, só tinha gay e uma falsa modelo na roda, o que fiz? Pois bem. Mal me lembro do que conversamos.

Acordei em casa com a garota do meu lado. Olhei meu celular e me senti no final do filme Hang Over, em que cada olhada de foto e mensagem revelava o que tinha acontecido.

Havia umas dez fotos com a garota como se fôssemos um casal há anos. Com meu amigo foi ainda mais bizarro. O casal brigou, o cara pegou um dos modelos (sim, “um”, e não “uma”) e meu amigo pegou a garota. Muita informação para meu cérebro ressaquento.

Olhei pro meu lado e a menina parecia um coala dopado. O olho estava todo borrado e a fronha de fio egípcio 400 fios (presente de uma peguete) manchada de preto. Fui tomar banho e fiz questão de colocar o som alto (gosto de ouvir música no banho) para que ela acordasse.

Sai do banheiro, o coala me deu bom dia e me perguntou se daria pra passarmos na casa dela antes de sairmos. Deu um friozinho na espinha. O bobo bêbado ficou apaixonadinho e convidou a garota para que me acompanhasse no passeio que faria por São Paulo no dia seguinte.

Eu nunca fui turista em São Paulo (exceto pelas idas à Sala São Paulo e nos Municipais) e seria uma vergonha ficar um ano fora do meu país e não conhecer as principais atrações da minha cidade natal. Naquele sábado tinha programado de ir ao Masp, Mosteiro São Bento, Praça da Sé, Largo do Arouche, subir no Altino Arantes, entre outros.

Depois de sair atrasado por conta da garota que ficou uma hora pra se arrumar, finalmente fomos ao Masp. Ela não se coçou para pagar a parte dela em nenhum momento, nem o estacionamento.

Finalmente entramos no Masp. Ela mostrou-se o tipo de pessoa inconveniente para ir em museus. Passava correndo por todas as obras e quando parava fazia pergunta idiota só pra mostrar um falso interesse. Somado a isso, ela tinha a fala mansa. Tudo que ela falava vinha na marcha 1, eu sou aceleradinho, aquilo me dava uma preguiça que não raro eu pedia que ela repetisse o que falava.

O ápice foi quando ela sumiu. Estávamos numa parte em que as obras ficam dispostas no meio da sala, sendo algumas com objetos do dia a dia. De repente ela apareceu do meu lado e alguns segundos depois o segurança. O cara puto da vida disse que não podíamos tocar nas obras. Levantei a voz e questionei em que momento eu tinha tocado em algo. O cara retrucou que a garota tinha levantado as garrafinhas de Coca-Cola. Fiquei vermelho e a garota com cara de bunda.

Dentro do carro ela pediu desculpas e assim segui a via sacra pelas atrações de São Paulo com a fala mansa do meu lado. Não bastasse a voz da garota, os assuntos eram chatíssimos. Ela ia passar um mês na França e não parava de falar da viagem um segundo. Só que nada era interessante, ela insistia em falar que Paris deveria “cheirar cultura”, que “respira-se romantismo” e demais frases clichês babacas. Tive vontade de pedir que ela ficasse quieta por um tempo, mas eu não consigo ser grosseiro com mulher. Só que acabei explodindo.

Já tínhamos visitado todas as atrações e eu estava dirigindo para deixar a garota na sua casa, quando ela resolveu do nada fuçar o suporte de óculos do meu carro e quebrou a parada. Ao invés de assumir, disse que já estava quebrado. Não aguentei e acabei cuspindo que nem minha prima de 8 anos daria tanto trabalho em um passeio por São Paulo. Resultado? A garota começou a chorar e eu me senti um merda.

Enfim, apesar desses desgastes, São Paulo é uma cidade que oferece muito mais que baladas e restaurantes. Esses lugares que mencionei são ótimas opções pra sair da rotina e levar um carinha. Claro, desde que não seja um mala (ou fala mansa, ao menos pra mim).

Desabafo, mimimi e mulher com atitude (de novo)

Depois de dias de imersão nos meus posts antigos, estou finalizando a catalogação e edição dos melhores. Pretendo mais pra frente ordená-los dentro uma lógica e provavelmente lançar um livro. Alguns posts publicarei aqui, aguardem.

A primeira coisa que me chamou a atenção nesse trabalho foi a evolução da temática e minha postura ao longo dos anos. De 2007 até o meio de 2009 foi a fase pinto loucura. Eram poucas análises e muitos relatos das garotas que eu saia e meu desapego com a maioria (ou todas). Do meio de 2009 até final de 2011 foi uma fase mais madura e analítica, em que passei por dois namoros e comecei a enxergar relacionamento em outra perspectiva. Em 2012 a coisa degringolou. Salvei pouquíssimos posts, meus textos estavam pesados e eu sem paciência. Além de uma mudança pessoal, teve uma externa. Reparei em um movimento que os outros cafas que aqui escreveram no meu lugar já haviam comentado, e que vejo voltar com força nesse retorno, a crítica destrutiva das feministas.

Um dos diferenciais do blog sempre foi o engajamento das leitoras nos comentários, que geralmente eram longos e elaborados. Muitas vezes com críticas construtivas e puxões de orelha, o que sempre recebi bem. Ainda vejo esse tipo de comentário bacana por aqui, porém o movimento feminista radical e com ideais toscos insiste em voar sobre o blog, cagar uma crítica destrutiva, ir pra outro poleiro e depois voltar pra cagar mais um pouco, em uma dinâmica cíclica sem fim.

Não consigo entender essa dinâmica. Como eu disse, odeio programas futebolísticos que ficam horas discutindo faltas, impedimentos, jogadores e demais nulidades. O que eu faço? Sintonizo no Globo Esporte todo dia e fico atazanando na página deles dizendo que só produzem frivolidade? Eu não.

Só que aqui a mesma garota que me chama de burro e óbvio em um post, no próximo está toda feliz compartilhando um texto com amigas e dando risada. Não tem o menor sentido.

O ápice pra mim chegou no post retrasado em que citaram meu nome, me esculhambaram esteticamente, tentaram publicar uma foto, entre outras críticas comparáveis a adolescentes que fazem bullying.

Enfim, desabafos e mimimi´s a parte, acho que vale resgatar algumas coisas aqui que talvez não estejam claras para quem lê, seja por ser uma leitora nova ou ter esquecido o propósito do blog.

O blog cham-se “MANUAL DO CAFAJESTE (PARA MULHERES)”. Vamos por partes:

Manual do cafajeste” = Quer dizer que o blog não é escrito por um cara fofo, não sou bonzinho, não sou feminista, nem um príncipe. Relato as minhas histórias e pontos de vista com base em um cara que gosta de conquistar, que sabe a hora de tratar uma mulher bem e a hora de trata-la mal (por favor, interpretem isso figurativamente), que gosta de ser chamado para pequenos atos como abrir um pote de palmito (ok, eu sei que você consegue abrir) que não gosta de romantismo e não tem saco pra metrossexulidade e feminilização dos homens. Se essas características são típicas de um machista, então me enquadrem como tal.

Para Mulheres” – Ou seja, eu não escrevo para homens, apesar de ter um número razoável de leitores. Sempre após escrever um post com críticas sobre algumas mulheres, vem alguém reclamar que não falo nada dos homens, que há vários tipos de homens toscos no Tinder e eu não abordei. Como eu vou analisar tipos de homens se eu não reparo neles? Talvez eu deva mudar o filtro do Tinder e olhar os meninos? Não, nem pensar.

Tomo como base a minha referência e dos meus amigos. E talvez por isso o post retrasado gerou discussão, já que na minha realidade nós gostamos de conquistar, não de ser o passivo da relação.

Não consigo imaginar como pensa um homem tímido e romântico, mesmo porque a nossa média no Brasil não tem esse perfil. E acho inclusive algo louvável. Todas as gringas que conheci são enfáticas ao falar da qualidade dos brasileiros, sabem chegar, tem pegada e fazem a coisa direito. Óbvio que tem a parte negativa da malandragem e mulherengos, mas faz parte do Mc Lanche Brazuca (não que eu ache bonito).

Eu sei que agir como “cafa” espanta uma parte significativa das mulheres boazinhas em um primeiro momento, não é algo que me qualifica frente à classe feminina, exceto para uma pegação casual. Só que ai depois da primeira ficada eu mostro que eu não sou apenas testosterona. Aqui vale o mesmo para as mulheres que ficaram sentidas, pois gostam de chegar em homem. Como eu disse, boa parte vai achar esquisito, os tímidos e inseguros vão amar, mas ai cabe a você mostrar depois que não é uma devoradora de homem.

Outra coisa que observei nos comentários foram as mulheres que não cogitam chegar em um cara, mas ficam chateadas pela pouca oferta no mercado, já que parte é gay, parte é bagaço, parte está comprometida (sendo que metade trai) e o que o sobra está mais disputado que Black Friday. Obviamente que as mulheres que vão ao ataque saem na vantagem aqui. Para as outras garotas, vocês achariam válido que eu desse dicas sutis para chamar a atenção sem precisar fazer macacada?

Sexta faz leitoras – Ele não tem atitude e o desafio do Cafa

Nessa sexta das leitoras (que está virando uma quinta a noite das leitoras), recebi uma história que vem ao encontro do assunto polêmico que surgiu no último post: as mulheres tomarem a atitude.

Espero que a leitora aceite meu desafio e possamos acompanhar a evolução desse causo.

“Oie! Sou leitora antiga, tenho 24 anos, dentista e faço mestrado na área.

Conheci um cara de 26 anos no doutorado.

Dai você pode ver que a história se dá entre 2 pessoas teoricamente esclarecidas e bem resolvidas (teoricamente).

Cafa > Ser bem resolvido na profissão, não significa bem resolvido como pessoa, pequerrucha.

Seguinte.. Conheci essa pessoa, flertamos em algumas aulas, trocamos algumas mensagens via facebook  sobre matérias e trabalhos, e rolou um convite para una confraternização na casa dele do fim de uma disciplina que eu ñ fazia, mas que conhecia a galera que ia. Não fui pq tinha outros compromissos na cidade que minha família mora (sou de interior do RJ, ñ fico sempre na capital). Na semana seguinte rolou convite pra um barzinho, tbm ñ fui pq tbm tinha outros compromissos.

Cafa > Eu precisaria entender melhor esses convites, mas pelo que percebi eles nunca implicavam a saída de vocês dois sozinhos, certo? Aqui já é o primeiro sinal. Se o cara tá a fim de uma mulher, ele fará o convite para que saiam sozinhos, não em bando.

Na maioria das vezes, homem faz convite social para mulher que ele não quer pegar por dois motivos: 1-) Ela é uma pessoa animada e agradável para uma conversa entre amigos; 2-) Ela possui amigas gatas. Acho que você foi um mix dos dois casos com predominância do último.

 Há ainda a possibilidade mais remota do cara ser bi (mais pra gay) ou extremamente tímido, mas isso você sacaria conversando com ele no dia a dia. Eu não gosto de sugerir essa última alternativa, pois todas as mulheres “bem resolvidas” usam como desculpa pra sair caçando homem.

Na terceira semana mandei mensagem na quinta dizendo que estaria na cidade no fds e perguntei se ele animava de fazer alguma coisa. Respondeu imediatamente e marcamos um barzinho na sexta a noite. Ele foi com mais outros anigos e eu levei uma amiga. Não conhecia os amigos e ele tbm ñ conhecia minha amiga, mas tds dentistas, digamos que o papo fluiu bem.

Cafa > Novamente o bando reunido. Eu imagino esse cara convencendo os amigos de ir no encontro falando que haveria mulheres na roda. Pelo visto, o interesse dele aqui foi para conhecer sua amiga e que algum amigo cuidasse de você.

No outro dia iria para uma festa em uma cidade próxima, rolou esse assunto e um amigo dele e ele animaram de ir tbm (eu tenho apt nessa cidade e o amigo dele tbm, ñ ofereci minha casa ate pq meus pais estariam, nada a ver enfiar os 2 na minha casa).

Do barzinho na sexta ainda fomos todos para uma boate. Ele bebeu absurdamente mt e chegou em mim caindo pelas tabelas. Eu por óbvio, apesar de alcolizada tbm, segurei a onda e não fiquei com ele naquela noite. Ele enlouquecido começou a chegar em tds as meninas na festa (inclusive na minha amiga – que ele esqueceu que era minha amiga – aff).

Cafa > Pois bem, ele estava interessado na sua amiga. Você entrou naquilo que o cérebro de um homem bêbado raciocina (ou não): “Não consigo pegar ninguém, vai você mesmo”.

Até ai “tudo bem” (tudo bem nada). Mas relevei, tentei me diverti e to certa que ñ trasnpareci que tava afetada, dancei com outros caras numa boa (era sertanejo),

ele volta e meia me puxava pra dançar tbm (eu e outras) e fui fingindo que tava td certo. No final fui embora com minha amiga e ñ fui procurar ele e os amigos pra me despedir pq a boate era grande e já tinha td mundo dispersado (confesso que com sabor amargo na garganta, n era a noite que esperava, mas tentei agir da forma mais natural possível).

No outro dia, logo pela manhã ele me mandou mensagem perguntando se eu já tinha saido da cidade, combinando de irem comigo pra ñ irmos em 2 carros. Disse que já estava saindo e ele disse que iria mais tarde então, pq tinha acabado de levantar. Eu tinha combinado almoço com minha família, ñ podia esperar.

 Cafa > Depois do papelão da noite passada, muito me impressiona ele enviar esse tipo de mensagem. Ou ele queria economizar com a gasolina ou ele não se lembra do que aconteceu e seus amigos não avisaram.

Fui p/ lá e juro, ñ imaginaria que eles iriam parar lá. Achei que fosse conversa de botequim.

Umas 18h ele chegou nessa cidade e me ligou. Com frio na barriga pensei comigo “cara, ta td certo! Ele quer ficar comigo, tá interessado! Ñ é possível!! Veio parar aqui?? É pq quer”.. Po cafa, eu apesar da babaquisse dele na sexta, estava mega interessada nele sabe. Pode parecer idiotisse, mas fiquei toda empolgada!! Ñ sei, ele é bonitinho, mesma área, super inteligente (isso me atrai absurdamente), imaginei que valeria a pena uma investida e tal..

Cafa > Depois de tantos comentários que li das leitoras, fico surpreso como o mercado está escasso de homem interessante. Se o cara caga logo na entrada, chances são dadas; se ele não dá mole, melhor atacá-lo, vai que ele é tímido.

Me ligou depois me chamando pra lanchar antes e marcou uma pré no apt do amigo antes d’o show. Fui pra lá, bebemos um vinho e fomos pro show.

Eu na verdade iria pro show com meus familiares, minha irmã, namorado dela, uns primos.. E ai como fui na pré, combinei que encontraria o pessoal lá e fui pro show com os meninos.

Beleza. Papo vai.. Papo vem.. Fomos pro show.. Saimos do show..

Cafa > Você está omitindo informações importantes. Durante o show eles ficaram do seu lado por toda a noite? Se negativo, é possível que eles viajaram pra caçar no show. Se positivo, te respondo no final.

Voltamos pra casa do amigo pra beber o resto do vinho.. O amigo foi dormir.. E NADA! Nem um beijo! Nem uma investida! N A D A! Ficamos sentados no sofa, meio deitados, conversando e bebendo vinho.. Ele fez uns carinhos e tal.. Mas NÃO chegou! Fiquei tp abismada, sem acreditar, e ai pedi pra ele me acompanhar até em casa e já era dia (o apt era proximo, fomos a pé até o meu).

 Cafa > Cacete, o cara é froxo. Ok, ainda que ele fosse caçar durante o show, você estava ali preparada na madrugada . E ficar de carinhos com alguém que você não tem relação é de uma ordinarice…

Depois disso entramos de férias no semestre. E nada de marcarmos outra coisa. Quando voltamos as aulas esse ser começou a me ignorar. Não me dá a menor bola! E eu confesso que fico toda desestabilizada com a presença dele agora e adotei a postura de ignorar tbm, pra ñ ficar no seco e tal, pagando de idiota apaixonada (coisa que ODEIO). Ngm manda mensagem pra ngm.. Mas ele ñ para de curtir minhas fotos no insta, e volta e meia nossos olhares se cruzam nas aulas e pego ele olhando pra mim em alguns momentos.

Cafa > Eu adoro essas correlações juvenis entre a dinâmica das redes sociais e relacionamento. Agora se alguém curte suas fotos no Insta quer dizer que ela quer te pegar?

Dia desses tive uma discussão chata com uma garota que estava pegando. Na última vez que nos encontramos (era uma terça), combinamos de nos vermos próximo sábado, por conta do trabalho dela e agenda ocupada. Na quinta de manhã ela mandou uma mensagem boba: “Ai, que saudade das minhas férias e acordar tarde”, no que eu respondi “Hehhehehe” e ficou por isso mesmo. Eu estava atolado de coisa e não queria iniciar um small talk com ela. No mesmo dia a noite ela mandou uma mensagem-desespero: “Você não está mais a fim, né?”.

Enfim, vamos ter mais cuidado nessas premonições sobre uso de redes sociais / ele ta a fim de mim??!!

De qualquer forma, se você não estiver considerando duas olhadas como flerte, o garoto não me parece coerente nas atitudes. Já retomo no final do texto.

Esses dias mandei mensagem avisando que adiaram um prazo do curso (mandei pra tds os amigos, tds me responderam empolgados, felizes com a noticia). O menino ñ me mandou NADA! nem um “ok, obrigada”. Puts.. Ai fiquei mal.

Cafa > ¬¬´

SINCERAMENTE: não sei como lidar!

Oq é que será que deu errado nesse caminho ai? O cara perdeu o interesse assim repentinamente? Posso cogitar o fato dele ser timido e eu adotar uma postura mais ativa? Tp, partir de mim chamar o cara pra sair? Posso cogitar o fato dele ser gay? (meu ultimo namo descobri que era). SENHOR! Ñ sei lidar.. Ou ele só não quer mesmo nem ser meu amigo? Pq olha.. Nunca tive problemas com amizades não, no curso converso com td mundo, sou comunicativa, até um pouco expansiva.. Isso ñ é uma coisa nt normal p/ mim.

Ou será que ele tá é tenso pelo fato deu ser td comunicativa e ele mais recatado? SEI LÁ!!!

Só te falo uma coisa, o fato dele me tratar com essa indiferença tá fazendo o meu desejo por ele crescer e eu sinceramente ñ to sabendo lidar MESMO e to com medo de parecer ridicula por estar ignorando ele na mesma proporção. Dele estar pensando que eu sou louca (tanto quando estou pensando que ele é).

Oras.. A gnt se trata como se ñ nos conhecessmos sabe? Tô me sentindo infantil e ridicula por passar por essa situação.

Me ajuda cafa, me dá a sua interpretação dessa história”.

Cafa > Pelo meu conhecimento do universo masculino, asseguro que esse cara não está a fim de você. Ele possui atitudes incoerentes, é verdade. Quando ele teve a melhor oportunidade na mão para pelo menos dar uma, fugiu. Nenhum homem com o mínimo de testosterona no corpo faz isso. Não posso assegurar que é gay, mas é no mínimo esquisito.

De qualquer forma, gostaria de lhe propor um desafio, pois vi que você cogitou a possibilidade dele ser muito tímido e você expansiva / comunicativa.

Você conseguiria chegar nesse cara?

Veja bem, eu sou completamente contra essa atitude e farei um ou dois posts a respeito, mas teve tantas garotas que defenderam isso no último post, que eu gostaria de acompanhar a evolução disso de “perto”.  Além do que, você não tem nada a perder.

Faça um convite simples, não precisa falar que quer pegá-lo, apenas sugira que gostaria de ir em um barzinho COM ELE e não com o bando. E ai no barzinho você utiliza todos os seus truques de sedução para pegá-lo. Se no final ele seguir indiferente, ai você lança um direto, “Cara, eu te curto. Você fica olhando pra mim, foi atrás de mim no show e do nada me ignora. Por que?”

Por favor, divida a resposta dele e o encontro (se rolar) aqui.

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Quer mandar a sua história para a sexta das leitoras? Não posso garantir que responderei todas, mas se for algo interessante e resumido, as chances aumentam. É só enviar para cafa@manualdocafajeste.com

Mulher com atitude?

Volta e meia gosto de fuçar sites e blogs femininos para me inteirar sobre os assuntos que as mulheres estão discutindo, suas preocupações, dúvidas, etc. É uma tarefa árdua após 10 minutos de leitura, tamanha a quantidade de post sobre moda e fofoca que me deparo.

Moda eu até relevo, pois mulher adora se enfeitar e tal, tem um propósito, mas fofoca eu tenho uma aversão similar aos programas futebolísticos. Não leva nada a lugar nenhum. O que me importa se o filho da princesa da Inglaterra não gosta de tomar chá? Se a MC Bunda está namorando o Kiki, da dupla Kiki e Coco? Ou se foi correta a expulsão do lateral do Quinze de Piracicaba? São assuntos completamente inúteis e irrelevantes.

Desabafos a parte, numa dessas buscas encontrei o blog “Acidez feminina”, que não faz muito o meu estilo, pois gosto de textos mais desenvolvidos, mas acho interessante o fato de uma garota dar a cara a tapa para falar abertamente sobre sexo e não poluir o blog com os assuntos acima. Ela possui uma coluna parecida com a do Sexta das Leitoras, onde mulheres enviam suas dúvidas e ela responde em um vídeo.

Chamou-me a atenção esse vídeo:

Se você está com preguiça de ver tudo, resumo: uma garota (alta e gordinha) reclama que está a fim de um cara, mas não sabe como chegar nele.

Sim, se dá preguiça em você, eu tenho vontade de hibernar junto com a marmota da lapônia toda vez que leio esse tipo de história. Eu responderia essa garota em menos de um minuto, mas como não gosto de vídeo prefiro fazer meu comentário aqui.

A resposta da blogueira foi a esperada partindo de uma mulher: “você precisa compreender que todo mundo tem defeito, que precisa valorizar suas qualidades e blablabla”. Muito válido, mas acredito que um ponto importante aqui não foi tocado, que é a atitude.

Não! Minha sugestão não é que a garota tenha atitude e chegue no cara. Isso é uma baita furada. Mulher que precisa chegar em homem tá beirando o desespero. A mulher dá sinais (olhares, insinuações, deixas, etc), cabe o cara entende-los e chegar junto.

Refiro-me a algo que já mencionei em um post, a vitimização. As pessoas estão cada vez mais preguiçosas e procurando fórmulas mágicas e curtas para alcançar seus objetivos. Precisa emagrecer? Toma um remédio. Tem que estudar? Lê um resumo. Está com problema? Chora e culpa o mundo.

Primeiro, se ela está insatisfeita com o corpo, e não é caso patológico ou hereditário, ser gordo é uma opção. Basta ter disciplina, reequilibrar a alimentação e fazer exercício.

Porém, o ponto principal aqui não é apenas de ordem física. Como disse a blogueira, tem um monte de cara que gosta de menina mais cheinha. E já conheci algumas gordelícias.

Pela forma de escrever e relatar o assunto, reparei que a garota é meio mula. A minha recomendação seria, sai da internet, e comece a ler um livro (que não seja Crepúsculo).

Não estou dando uma de chato dos livros. Porém, a leitura deixa a pessoa com mais assunto, articulada, com raciocínio rápido, ingredientes fundamentais para puxar assunto até com a parede. Tendo essa qualidade, e o cara não sendo um tosco, eu me visto de baiana se essa menina não conseguir ao menos puxar conversa.

E ai se ela for realmente interessante, o cara chega sem ela precisar fazer uma declaração babaca que está interessada, ou pior, a blogueira avisá-lo como foi sugerido (o que espero ser uma piadinha ruim).

Dicas de vinho

Agora que finalmente chegou o inverno (exceto se você estiver no nordeste ou Cuiabá), nada como abrir um vinho com o _______ (coloque ai sua condição: namorado, caso, peguete, P.A, etc), esquentar internamente o corpo e depois externamente numa boa noite de sexo levemente embriagados.

Sou suspeito para falar de vinho, pois é uma das minhas grandes paixões ao lado de mulheres, viagens, livros, filmes, boxe e outras coisas. Diferente da cerveja, ele não me dá vontade de ir no banheiro a cada 5 minutos, o que incomoda um bocado na pegação; e diferente da vodka, ele não me deixa retardado.

Vinho bom é como mulher interessante, tem complexidade. Ao contrário da maioria das outras bebidas ou mulheres comuns, que são padronizados e rasos.

Por exemplo, pega algumas latinhas de cerveja Brahma. Elas são iguais as do ano passado, são iguais hoje e serão iguais as do ano que vem. Não é por isso que eu não tomo, as vezes vale tomar no boteco pra matar a sede e passar o tempo, assim como uma garota gostosa e sem personalidade.

Agora o vinho (por favor, não estou falando de Chapinha e etc) por mais que seja da mesma uva, pode ser completamente diferente um do outro. Há vários fatores que influenciam: como ele foi produzido, como envelheceu, a evolução depois de aberto, o potencial de guarda e por ai vai. Gosto não apenas de apreciá-lo, mas entender a sua história, assim como uma mulher interessante.

Posto isso, darei algumas sugestões de vinhos para você aproveitar com o seu _______ ou simplesmente para abrir sozinha, fazer uma pipoca e ver um bom filme. Que na real as vezes é até melhor que dividir com um tosco.

Dividirei a lista por faixa de preço e tipo. Vale um aviso aqui. Aquele papo de que vinho bom é vinho caro, é a maior estupidez. Geralmente quem fala isso, quer mostrar que está com o bolso cheio, mas tem a cabeça vazia.

Obviamente que há um valor mínimo pra comprar um vinho ok (R$ 15/20), porém na faixa de R$50,00 é possível encontrar excelentes opções. Evitei colocar descrições do tipo: Um vinho elegante, macio, com personalidade, estruturado, pois metade desses adjetivos é uma tremenda baboseira e mais confunde que ajuda na escolha pra quem não é familiarizado.

Outro ponto, eu não gosto de vinho leve (como Pinot Noir), por isso a minha lista só possui vinho bem encorpado (como Tannat e Malbec). Se não é seu estilo, esqueça a lista de tintos.

 Até R$ 50,00 – Tinto

Com exceção do Casa Venturini, é possível comprar todos nos principais supermercados.

Casillero Del Diablo Cabernet Sauvignon

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Casillero é um clássico do Pão de Açúcar. Quando quero comprar um vinho bom e estou sem tempo de ir em loja especializada, é ele quem salva. Preço R$ 31,90.

 

Casa Venturini Tannat

 

 

 

 

 

 

 

Esse eu faço uma menção honrosa. Um dos melhores vinhos brasileiros que já tomei. Você pode comprar na Bocatti (R$ 35,90).

 

Ventisquero Reserva Cabernet Sauvignon

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Nunca tomei um vinho ruim dessa vinícola. Esse é o vinho de entrada (Preço R$ 43,00), mas meu preferido deles é o Queulat.

 

Vinho Aurora Cabernet Sauvignon

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É o mais baratinho da lista. Geralmente compro esse vinho pra tomar durante a semana, ótima companhia pra ler e escrever. Vale o que você paga (Preço R$ 20,00), logo não espere um manjar dos deuses.

 

Até R$ 50,00 – Branco

 

Espumante Garibaldi Prosecco Brut

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Os espumantes brasileiros são bem conceituados lá fora. Esse recebeu vários prêmios e custa menos de R$30,00. Uma informação pra bancar a expert: para conhecer um bom espumante, observe as bolinhas (perlage) na taça, elas precisam ser pequenas e subir uniformemente. Preço R$ 25,40

 

 

Casillero sauvignon blanc

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Outra curiosidade, os vinhos brancos são produzidas com uvas vermelhas. Acontece que as cascas, responsáveis pela coloração do vinho, são retiradas do mosto antes que passem a cor. Sauvignon blanc chileno é um vinho bem fácil de beber e não exige comida, ao contrário dos Chardonnays, que são mais pesados. Preço R$ 44,00

 

De R$ 50,00 a R$ 100,00 – Tinto

 

Bouza Tannat

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Tannat, além da uva emblemática do Uruguai, é a mais saudável do mundo. Isso porque ele possui mais tanino (por isso o nome “Tannat”), um potente anti-oxidante. Ele é encontrado nas cascas das uvas (é aquele gosto amargo que prende a boca). É por isso que o branco não é tão saudável quanto o tinto, já que as cascas são retiradas na fermentação. Preço R$ 95,00 (vendido na Decanter)

 

De R$ 50,00 a R$ 100,00 – Branco

 

Chateau St Michelle Riesling

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Os Estados Unidos têm produzido kexcelentes vinhos. Lá é super barato, mas com o dólar e taxas, infelizmente chegam aqui custando uma pequena fortuna. Esse vinho parece um suco de pêssego. Bem gelado vai embora em meia hora. Preço R$ 95,00, na Winebrands.

 

Mais de R$ 100,00 – Tinto

Swinto Malbec

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Esse é um dos meus prediletos, quando faço a Cafarronada. Apenas para ocasiões bem especiais e com uma mulher que entende o mínimo de vinho. Preço R$ 168,00 na Adega Brasil.

 

Mais de R$ 100,00 – Branco

 

Palácio da brejoeira

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Para mim não tem melhor vinho branco que os verdes portugueses. Esse tem uma acidez que cai perfeito com um bom bacalhau. Preço R$ 148,00 na Casa Santa Luzia.

 

Bônus – Vinho suave

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Zinfandel branco – Se você só gosta de vinho suave (leia-se doce), vale a pena provar o White Zinfandel. O que eu gosto nesse estilo de vinho é que ao contrário de sangue de boi e chapinha, não é adicionado açúcar de cana. A doçura vem da própria uva, pois a fermentação é suspensa antes que o açúcar natural da fruta vire álcool. Preço R$ 64,00 na Todovino.

 

Finalizo com a dica de dois excelentes filmes sobre o assunto: O Julgamento de Paris e Sideways. Esse último agrada mais aos homens que mulheres, mas é um bom estudo da mente masculina.