“Tipos de garotas que tem por ai”

Patricia é como uma dessas almas penadas que um belo dia surge do limbo trazida pelo Facebook por meio de avisos de aniversário. Fui lá dar uma olhada quem era a garota e lembrei-me que a conheci em um bloco de pré-carnaval, talvez uns 8 anos atrás. Ela seguia gostosa e como eu queria diversificar minha agenda, puxei conversa para parabenizá-la, bancar o fofo e assim preparar terreno para propor uma saída. Funcionou.

Saímos no dia seguinte ao seu aniversário, já que ela iria comemorar com suas amigas. Os percalços começaram antes mesmo de nos encontrarmos. A garota tinha se mudado para outra cidade e estava sem carro. Logo, eu teria que pegar estrada e perder 2 horas de deslocamento (ida e volta) para encontrar a donzela. Eu precisava assegurar-me que rolaria sexo pra compensar aquela maratona. Resolvi ser honesto e alinhar a expectativa. Pegou mal.

Durante a conversa comentei que ela estava bem atraente, que gostei das fotos e tal. Ela retrucou que eu deveria segurar o ânimo, pois ela não é “esses tipos de garota que tem por ai”. Ai entramos em uma discussão chata sobre sexo casual. Eu fui bem honesto sobre a minha expectativa, ela não gostou da resposta, mas usei a carta do “estou sendo honesto”. Consegui contornar a situação, ela refletiu melhor e disse que as coisas acontecem naturalmente, blablabla. Era isso que eu precisava ouvir. “Acontecer naturalmente” nada mais é que “Eu vou dar pra você se tu não for escroto, ter pegada e me tratar bem”. E lá fui eu pra estrada.

A garota pediu que nos encontrássemos em um bar as 20:00 da noite. Como sou um chato do horários, as 19:58 estava eu lá sentadinho. A garçonete que me atendeu era bem atiradinha, ficamos um tempão conversando, mas ela não era meu estilo. Uma hora depois apareceu a garota. Ao invés de se desculpar, perguntou por que eu estava tão entretido com a garçonete. Respondi que era uma forma de passar o tempo, já que estava ali há uma hora sozinho.

Ai ela se desculpou. Disse que o ônibus tinha atrasado e que ela desceu no ponto errado. Aquilo já me deu um friozinho na barriga, pois ela morava ainda mais longe de onde estávamos e provavelmente eu teria que leva-la de volta. Respirei e pensei que uma vez ali, seria o momento de extrair o melhor da situação, mas estava difícil.

A garota tinha uma história de vida sofrida pra cacete e foi um dreno na minha energia. Tentei mudar de assunto e perguntei o que ela estava lendo (já que havia mencionado anteriormente que gostava de ler). 50 tons de cinza foi a resposta e eu quis sair correndo. Tentei ler essa porcaria e parei no momento em que a garota entra no helicóptero do cara. É uma cinderela tosca e interesseira dos tempos modernos. Leitura rasa e ruim.

O ápice foi quando ela comentou que lia um blog de relacionamento. Ali já pensei que cairia a minha identidade, mas ela falou de um tal de “Entenda os Homens” e respirei aliviado. Seguimos numa conversinha mais ou menos e a banda começou a tocar. Estávamos um de frente para o outro e pedi que ela sentasse do meu lado, pois assim ela conseguiria ver os caras. Óbvio que o meu interesse real era dar uns beijos e malhos nela pra começar o esquenta e evitar propor uma ida ao motel quando já estivéssemos dentro do carro. Eu estava bom de estratégia e mais uma vez funcionou.

Era um beijo meia bocaço, mas o corpo era uma coisa de louco. Pedi a conta e sem pestanejar me encaminhei para o motel mais barato que eu tinha pesquisado previamente.

O lugar era esquisito, um mix de drive-in com motel. A recepcionista comentou que eles tinham apenas a suíte 92 premium, que iria me custar uma boa garfada, mas observei que logo ali na entrada, a porta do quarto 2 estava com a luz acesa (ou seja, vago). Questionei a mulher, ela se desculpou e disse que eu poderia ir para aquela suíte.

O quarto tinha o charme de uma casa mal decorada de fazenda brega do interior. Umas artes com palha por todos os cantos, um chão laranja frio com rejunte escuro e uma tv da época que controle remoto era luxo.

Patricia estava faminta, ligou a tv num canal pornô horroroso e foi pra cima de mim com voracidade. Cheia de atitude, arrancou minha roupa e caiu para um oral bacana. No meio da parada ela disse que faria igual a atriz do filme e começou a pingolar meu meninão nos lábios e língua e fazer cara de safada. Era meio brega a careta, mas tinha algo de interessante aquilo. Principalmente com o geladinho do Halls que ela estava chupando e as cusparadas que ela dava. Ela levava jeito pra coisa e gostava, o que é mais importante. Ai era minha vez de retribuir e eu cometi o erro amador de não usar a tática da fungadinha no dedo.

Fui lá pra baixo e quando coloquei a cara, veio uma marofa marinha no meu nariz. Fiquei até meio doidão. Não tinha jeito e tive que abortar a missão em segundos. Foi chato. Começamos a transar e ela decidiu cavalgar de costas, a cada descida no meninão, eram marofas na minha cara e eu tinha que sincronizar a minha respiração com o ritmo dela. Quando ela subia, eu respirava, quando ela descia eu soltava o ar. Coloquei-a de quatro, pois se aquilo continuasse eu brocharia em segundos. Gozei.

Por mim eu terminaria ali. Fui até o banheiro, que não tinha tranca, e comecei a me duchar. Muito sem noção, a garota abriu a porta sem bater, e por sorte eu não estava no trono. Ela veio na minha direção fazendo uma dancinha brega da sedução e me atacou no boxe. Eu não queria mais transar, mas fui compelido. E não deu certo. Demos uns amassos, coloquei a camisinha e depois de algumas bombadas o negócio ficou borrachudo. Broxei.

Voltamos pro carro. O motel era tão mal feito que eu não conseguia manobrar pra sair de frente. Tive que sair de ré, e pagar a conta por meio da janela da garota, uma situação ridícula.

Era hora de deixá-la em casa e o meu receio consolidou-se. Ela morava no Jardim _____ (coloque um nome indígena aqui) que ficava 40 minutos do bar e 1:30 da minha casa. No caminho a garota pediu leite (com essas palavras) e foi durante todo o trajeto me entretendo.

Na volta fiquei curioso sobre o que seria “tipos de garotas que tem por ai”, segundo a Patricia.

Sexta das leitoras – Apaixonada pelo urubu

“Sou formada, faço uma pós graduação, estudo francês, trabalho, tenho 26 anos, morena, não muito alta ( não sou atoa, e tenho objetivos…vai imaginando aí), e estou solteira há 4 anos. Sempre fui uma pessoa muito tranquila, caseira, digamos “para casar”, já curti muito e acredito até que na minha adolescência aproveitei bastante, e depois do meu ultimo relacionamento (que durou 4 anos) eu tive aquela fase de pegadora, mas agora estou aberta a conhecer alguém para coisa séria.

 

Cafa > É, você tem um ótimo currículo. O “problema” disso é que quanto mais estudamos e amadurecemos, mais filtros surgem e naturalmente você vai se tornando a maçã do topo da árvore e não é qualquer animal que consegue alcança-la. Não importa o quão visível você está na árvore, boa parte vai se contentar com as que estão no chão ou mais acessíveis.

Infelizmente, no seu caso parece que um urubu apareceu. Na real nem sei se urubu gosta de maçã, mas vamos supor que ele gosta de bica-la .

 

Em dezembro do ano passado, fui a um restaurante próximo ao meu trabalho, e vi um rapaz entrando no local, e quase que instantaneamente eu me apaixonei (sim, passei a acreditar em qualquer coisa a primeira vista), ainda cheguei a brincar que eu estava apaixonada, que ele era o meu número, e claro que o físico e a aparência eram as únicas referencias até o momento, pois bem, cheguei no trabalho e a imagem daquele rapaz não saiu da minha cabeça; Obvio que passei a ir todos os dias no mesmo restaurante;

 

Cafa > Sei como é isso. Acho que é um instinto que herdamos lá do tempo das cavernas. Não precisa de diálogo, pelo porte e aparência já desperta algo dentro de nós. Porém, mesmo com o advento da fala, alguns homens parecem que só saíram das cavernas, mas a caverna não saiu deles.

 

Um belo dia quando cheguei na fila ele estava lá na minha frente, meu pobre coração quase pulou pela boca, dai pensei: agora lascouuuu, estou mesmo apaixonada! Por sorte uma amiga que trabalhava comigo estava cumprindo o ultimo dia de trabalho dela, mas ela já tinha trabalhado com ele na mesma empresa, e ela, em um gesto de bondade, me passou a informação mais importante até então : o nome dele.

Em posse dessa informação recorri ao Facebook e achado o perfil dele passei a olhar sempre, para “conhecer” e também para tomar coragem de me aproximar, daí então um belo dia tomei umas três doses de coragem e mandei uma mensagem daquelas “ahh te vi lá, sabia que era você, bom te ver por aqui…blábláblá”

 

Cafa > Hahaha, “bom te ver aqui”. O seu forte não é o approach, né? Nesses casos adicionar o cara no Facebook é melhor. De qualquer forma, funcionou a sua estratégica, então tá valendo.

 

uns 30 minutos depois ele respondeu (pulei uns 10 metros no meu quarto e meu coração quase sai pela boca),

 

Cafa > Hehehe, lembrei desse vídeo https://www.youtube.com/watch?v=gaZyiBHeWq4

 

e para completar a felicidade ele logo me adicionou ( eu pensei:se ele se interessar ele vai me adicionar, Bingo!), como era um sábado a noite, nós trocamos apenas algumas mensagens e fomos conversar mesmo no outro dia, aí o papo fluiu já pelo whatssapp, fluiu uma conversa na segunda, na terça, na quarta nós nos encontramos no restaurante, só que dessa vez o cenário mudou: ele me notou, e na tão esperada sexta feira fomos almoçar juntos (quase morro de nervoso), e o mais interessante é que tudo foi tão natural que até apelidinho nós já estávamos dando um ao outro; Saímos para almoçar na sexta e no mesmo dia marcamos de sair para jantar no sábado, após o jantar rolou o convite para o apartamento dele, pois os pais estavam viajando, eu fui mas consciente de que não ia rolar nada, só beijos e muitos amassos, e a essa altura eu estava muito apaixonada.

 

Cafa > Mulheres são curiosas, como vocês podem apaixonar-se tão fácil sem nunca ter ido pra cama? Sei lá, pra mim o sexo/química tem um peso imenso na relação.

 

Dias depois o já esperado por mim aconteceu, aquele bom e velho sumiço…os papos já não estavam acontecendo com a mesma frequência mas ainda continuamos nos vendo quase todos os dias. Em um período de 3 meses mais ou menos, eu o procurava e nós almoçávamos, ficávamos, e nesse meio tempo ele também me procurou. Ficamos nesse jogo, e eu apaixonada e confusa com tudo isso!

 

Cafa > Entendo o cara, ele gosta de conquistar. Atingiu o objetivo e pelo visto, na visão dele, a bicada na maça não foi tão boa assim para querer seguir adiante e comê-la.

 

Por fim, depois de um tempo ausente (uns 3 meses), dias atrás ele resolveu renascer das cinzas como uma fênix confusa e sem atitude, só que agora tinha um pequeno detalhe, em um evento com os amigos, um deles marcou ele em uma foto, e na foto ele estava com uma garota que logo deduzi ser uma namorada (ou potencial), só ele me chamou para almoçar, e novamente conversamos, rimos, ninguém pegou no celular (raro nos dias atuais, e foi tão legal como no 1º encontro)

Após me deixar no trabalho, pela tarde eu mandei uma mensagem agradecendo a companhia do almoço, daí o papo durou até bem tarde, mas coloquei ele contra a parede e nessa descobri que ele realmente está comprometido ( “/ ), mas na conversa eu deixei claro que não comigo não rolaria assim, e do outro lado ele tentando me convencer que não há problema nenhum em estar namorando e conhecer outras pessoas, que isso é normal e que ele acha que deve escolher a pessoa certa, que a pessoa certa poderia ser eu, blábláblá… daí eu sugeri então que fossemos amigos, mas olha a merda: continuo apaixonada!

 

Cafa > Credo, que novela mexicana, quanto lugar-comum. Vamos por partes:

Ele – Esse papo de “ser normal conhecer pessoas” pode até ser verdade caso ele tenha uma relação aberta. Porém, pela frase seguinte ele se contradiz ao falar  “conhecer a pessoa certa”. Esse tipo de coisa não existe em relação aberta, já que a pessoa que ele está namorando supostamente seria a certa, e o cara só sairia com outras para variar o cardápio e não para apaixonar-se. Ele foi bem amador e mau caráter.

Você – Dá uma preguiça esse “sugerir sermos amigos”. Quando uma garota fala isso pra mim, eu concordo e na sequência a apago da agenda. Tenho amigos suficientes para cuidar.

 

Cafa, sou super racional, e as vezes até demais e até me considero esclarecida da situação, é até meio hollywood a menina vê o rapaz, apaixona, e na vida real ele some porque ela não liberou (hahahaha)…

 

Cafa > Mulher intitula-se racional até a segunda página do livro do relacionamento. Basta encontrar o Mr Right e já está fazendo um monte de besteira e choramingando pelos cantos.

Sobre você não ter liberado de primeira, não acho que seja o motivo pelo qual ele se afastou. Provavelmente os beijos e amassos não foram bons (pra ele) que desse vontade de investir.

 

mas não sei o que acontece que não sinto vontade de afastá-lo de mim, com outras pessoas eu já iria dizer que fulano é um babaca sem caráter e simplesmente o tiraria da minha vida, mas com esse daí não, não sei o que esse disgramado fez… e ser a “outra” nessa situação não combina comigo, além do mais, vai de frente com o que acredito (ou que a sociedade acredita, enfim…), sempre respeitei todo e qualquer relacionamento e mesmo sendo ele, não consigo que seja diferente.

 

Cafa > Você tinha um estereótipo na cabeça do canalha, um cara tosco, sem modos e escrúpulos. Ai conheceu um cara gato, inteligente, trabalhador e carinhoso e o teu cérebro entrou em colapso. Só que por mais que ele tenha várias qualidades, é um cara que trai sem pudor e quer te fazer de amante.

 

Me diz aí, o que acha disso tudo? ele é só um aprendiz do aprendiz de cafa, ou o melhor a fazer é largar de mão?”

 

Cafa > Não é aprendiz de Cafa, pois o cara está chifrando a namorada (por mais que eu tenha pagado a língua nesse aspecto, eu nunca mantive relações em paralelo com o namoro, foram escapadinhas pontuais. E que eu não me orgulho). O urubu está mais pra canalha profissional.

Se você estivesse em outro momento da sua vida, eu iria sugerir que curtisse o momento, porém está apaixonada e esse cara apenas quer bicar. E se fosse “a garota” ele não sumiria por tanto tempo e não falaria aquela asneira de “encontrar a pessoa certa”. Isso não se fala, apenas acontece, e não aconteceu. Cai fora.

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Quer mandar a sua história para a sexta das leitoras? Não posso garantir que responderei todas, mas se for algo interessante e resumido, as chances aumentam. É só enviar para cafa@manualdocafajeste.com

Rapidinhas do Cafa – parte 2

Agora a segunda e última parte das minhas Rapidinhas.

Leitora: Desde o primeiro beijo bateu uma sintonia incrível, moramos em cidades diferentes (45 min de distância) e há em encaixe em tudo. Não existem brigas nem desentendimentos. Depois de 1 mês, apresentada para sogros, cunhados, amigos e todo ciclo de clientes, passam um final de semana perfeito juntos, ele deixa em casa fazendo planos pra vida e no outro dia simplesmente ignora. Quando se “explica” diz que não vê futuro com você e que quer ficar sozinho. Agora, ele está namorando novamente, e fez com a moça tudo que fez comigo.

Cafa > Provavelmente ela foi aprovada no filtro social, você não. Os amigos e/ou família viram algum defeito em você que o cara cego pela paixonite não tinha observado e o alertaram. Veja bem, não estou falando que você é uma má pessoa, mas talvez não tenha algum atributo que o círculo dele valoriza. Tive o mesmo problema com uma ex, mas ignoramos o fato. E bem, foi questão de tempo para ser um mais um peso contra o nosso namoro.

Leitora: É tão anormal para os homens uma mulher não sofrer de curiosidade? Não sou curiosa e isso aos olhos de algumas pessoas parece fora dos padrões! Veja bem curiosa e não com falta de interesse em determinadas particularidades

Cafa > Putz, depende muito. Esse “não é falta de interesse em determinadas particularidades” tá muito genérico. Não tem coisa mais chata que sair com uma mulher e ela não se interessar por nada que o cara fala (desde que ele não fale apenas groselhice) e não fazer perguntas. Fica praticamente um monólogo e parece que a pessoa é desinteressante. Uma coisa é ser alcoviteira, a outra desinteressada. Como sempre, vale o bom senso.

Leitora: homem tem medo de mulher solteira bonita, sem filhos e bem resolvida depois dos 34 anos? Estou com dificuldades de encontrar rapazes da faixa etária 30-39 que queiram algo sério então passei a me divertir com os gatinhos mais novos ou então mais velhos… Rola uma certa insegurança? Tem muita mulher neurótica/desesperada por ai nessa faixa etária ?

Cafa > Que homem tem medo de mulher “solteira, bonita e sem filhos”? Só um mongol. O ponto que me chama a atenção aqui é o “bem resolvida”. Normalmente mulher que se qualifica como tal é uma tremenda chata equivalente àquelas que colocam o signo como sua descrição.

Outro ponto, por ter muita experiência, as balzacas acham que já sabem tudo de relacionamento/sexo e querem sempre cagar uma regrinha (eu me incluo nesse grupo também), são cheias de manias e ideias fixas. Como bônus, na faixa dos 35 muitas estão buscando estabilidade (o que envolve casar e ter filho), mas muitos homens não. Como a mulherada de 25+ tem maturidade, gosta de homens mais velhos e a maioria não pensa em casar/filho, esses caras tendem a buscar mulheres nessa faixa.

Leitora: Dicas criativas para o famoso chat clássico do Tinder: oi, tecla de onde? O que vc faz? De onde vc vem?

Cafa > Espera-se que o cara puxe conversa inicialmente, mas prometo que não baterei mais nesse ponto. Já tô chato. Um approach que eu gosto é quando alguém pergunta onde a minha foto “x” foi tirada, ou então elogia os lugares. O problema é se o cara só tem foto de frente para o espelho ou sem camiseta. Não rola elogiar o gel do cabelo, a corrente de prata ou o tanquinho. O sorriso é um bom caminho, foge do comum.

Leitora: Numa balada, o que o atrai em uma mulher? Como que uma mulher se destaca das demais para você?

Cafa > Por mais que isso pareça gay, a roupa. Aquele vestido justo (mas não menino-me-coma) e estiloso chama muito a atenção no meio de um monte de gente igual. Uma sombra e maquiagem bem feita também ajudam um bocado. Por fim, eu gosto de um bom perfume, apesar que isso não chama a atenção inicial, mas deixa uma boa marca no pós.

Leitora: Namoraria uma mulher que transa com você no primeiro encontro? Como encara isso?

Cafa > Hoje eu encaro isso como uma questão de idade/maturidade. Lá pelos 25 eu tinha preconceito com mulheres que liberavam de primeira, hoje não. Óbvio que eu não namoraria uma garota que eu conheci na balada e transei no banheiro. Agora se já rolou uma conversa prévia e a garota gostou de mim pela minha essência e não aparência, não vejo problema.

Leitoras: Se você fosse mulher,quais lugares frequentaria para conhecer pessoas bacanas com possibilidades de um namoro?

Cafa > Normalmente a chance de encontrar pessoas interessantes está em lugares que possuem afinidade com teus gostos. Ok, você pode falar que ama sertanejo, mas vamos descartar baladas, pois definitivamente não é o melhor lugar pra conhecer potenciais namorados.

Veja quais são os seus hobbies. Por exemplo, eu curto vinho e mergulho. Costumava frequentar alguns cursos de degustação e embarcava finais de semana para mergulhar em excursão. Infelizmente nesses dois hobbies só dá velho e homem, respectivamente, mas já conheci algumas garotas interessantes perdidas por lá. Se você gosta de correr, porque não buscar grupos de corrida no Facebook que correm juntos no Ibirapuera, por exemplo?

Leitora: Como enxerga uma mulher que não divide conta com um cara que ela está saindo, se conhecendo? Acha que ela é uma folgada, ou esse papel é do homem?

Cafa > Já falei disso aqui.

Leitora: Um cara que realmente se importa com a garota e vê um futuro com ela, consegue não perguntar e nem querer saber absolutamente nada sobre o passado dela?

Cafa > Consegue e isso chama-se maturidade. Como eu disse anteriormente, tive a fase do passado, presente e futuro. Quando tinha 18, eu morria de medo do passado das mulheres e se descobria que era mais movimentado que feira no sábado, eu dispensava a garota; com 25 eu não me importava tanto com o passado e mais com o presente. Se a garota liberasse pra mim na primeira noite, demonstrava que era uma safada e eu não a levava a sério; Hoje, eu me preocupo com o futuro. Se temos afinidade, rolou um sexo incrível e é uma pessoa que admiro, o que me importa é como ela caminhará comigo dali pra frente.

Leitora: Conheci um cara no tinder e saímos duas vezes, nas duas fomos para os finalmentes e mantemos contato quase todos os dias. Quero convida-lo para sair pela terceira vez, posso ou devo esperar uma atitude dele?

Cafa > Vai em frente

Leitora: Até que ponto você acha que se deve levar uma relação com um cara que diz não querer nada sério?

Cafa > Primeiro que não há uma “relação” com alguém que não quer nada sério. Você vai ser mais uma peguete até ele se encher (ou você) e parar de te procurar. Muito difícil alguém que fala abertamente que não quer nada a sério mudar de opinião depois.

Leitora: O cara que eu fico as vezes sempre me chama pra ir pra casa dele. Já ficamos, mas n rola uma frequência, então não tô à vontade pra ir, nem pra fazer sexo. (Nao rolou sexo ainda). Como eu digo isso sem parecer que quero algo sério? ?? N aceito esse tipo de convite se não nos virmos com mais frequência. Como n parecer desesperada?

Cafa > “As vezes sempre” hahahahaha, adorei. Pimpolha, você não tem 16 anos. Ir para o restaurante apenas para olhar o menu não rola. Ou você senta e come, ou não entra. Se não se sente confortável com a possibilidade de rolar sexo (e esse cara deve estar louco pra transar contigo), saia mais vezes em lugares públicos. Você não precisa declarar sua condição, é meio juvenil. O ponto é que se ele for um cara mais velho, não vai ter paciência para te esperar pra sempre.

Rapidinhas do Cafa – parte I

Recebi tantas perguntas que resolvi dividir a Rapidinha em dois posts. Vamos lá:

Leitora: Fomos para o motel e chegando lá o cara parecia meio inexperiente (ou romântico), e eu afim de levar uma “surra”. Ai foi aquela meia boca e conversamos. Por fim o abestalhado me trouxe em casa e sumiu. Fdp mandou mal e ainda some. Achas que foi o que??

Cafa > Ué, da mesma forma que você achou uma merda, ele também. O cara reparou que não rolou química e provavelmente esperava que você fizesse amor e não sexo. Se ambos estivessem de fato se curtindo, iam relevar a primeira transa (que nem sempre é a melhor) e aos poucos iam descobrindo o que cada um gosta e como melhorar. Mas pelo visto o intuito dos dois era apenas carnal.

Leitora: Como saber se entrei na friendzone?

Cafa > “Friendzone” é um ótimo americanismo para dizer que você entrou no freezer da geladeira, tal qual um pote de sorvete com feijão congelado dentro.

Geralmente o cara nunca puxa assunto contigo e não prolonga conversas no Whatsapp e afins; sempre inventa uma desculpa para não te encontrar e quando rola, há outras pessoas envolvidas no encontro (como amigos) e ele não te beija.

Veja bem, ele pode sim te procurar de novo, mas será apenas porque ele não encontrou nenhuma outra opção melhorar pra passar a noite. Melhor descongelar o feijão a passar fome, né?

Leitora: Cafa, é verdade que alguns gringos nao flertam? Um inglês no caso, só fica de sorrisinhos e nao faz nada.

Cafa > Depende da nacionalidade (e óbvio que há exceções, mas estou falando pela média e o que eu presenciei). Geralmente americanos, ingleses, nórdicos, holandeses e belgas não são de chegar em mulher, já que no país deles são as mulheres que vão pra cima. Aqui é a velha história de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? As mulheres chegam neles porque eles são lerdos ou eles não chegam nas mulheres porque elas são atiradas?

Esse é um movimento que vejo crescer no Brasil e não acho bacana. Brasileiros, espanhóis, italianos e argentinos são famosos por terem pegada e isso começa pela atitude que possuem em chegar na mulher.

Leitora: O cara se toca que o pau dele é pequeno?

Cafa > Geralmente a maioria dos homens cresce achando que o pau dele é pequeno e o motivo é muito simples. Nosso primeiro “contato” com pinto alheio armado é em filme pornô. E convenhamos que nesses filmes os caras possuem uma bengala entre a perna. Quando ficamos pelados ao lado dos amiguinhos no banheiro da escola, o pinto de todo mundo ta murcho, não é uma base pra analisar, e só os menines ficam manjando rola no banheiro. Por mais que tiramos medidas 5x por semana quando adolescentes, apenas tomamos noção da arma que possuímos ao receber elogios (ou não) das garotas que transamos.

 Leitora: Quando vc largou tudo para viajar pelo mundo, houve alguma situação que te motivou para isso? E o que foi mais difícil desapegar da sua zona de conforto?

Cafa> Eu já estava desgastado há dois anos e empurrando minha vida com a barriga. Houve uma série de pequenas situações que todo dia iam me levando para a decisão, mas nunca tinha o estopim. A decisão final eu nunca me esqueço, nem trabalhando eu estava. Era carnaval de 2014, eu tinha ido para Bahamas sozinho fugir de bumbos, tambores e abadas para passar o feriado inteiro mergulhando e refletindo. Na segunda noite eu estava na varanda do hotel, quase no final da garrafa de vinho, ouvindo Offspring (I choose) e comecei a reparar nas pessoas na piscina, essencialmente aposentados e famílias. A minha vida era um mix do pior daquilo, eu estava estagnado como um aposentado e vivendo como um pai de família sem família. Não tava certo.

O mais difícil desapegar foi exatamente o que compõe a zona de conforto: estabilidade e rotina. Você pode reclamar do seu emprego, da vida e blabla, mas enquanto tem um emprego, o dinheiro caindo na sua conta, sua casa, plano de saúde e pequenos luxos você tem analgésicos pra uma dor. Só que analgésicos não resolvem a doença, certo? Eu entendi a causa da minha “doença” e consegui viver sem os analgésicos. Óbvio que não virei um hippie louco, fiz cálculos e reservas para não passar necessidade durante o período que eu precisava para mim, só que consegui atacar a doença.

Leitora: Ate que ponto ser difícil é interessante? Qual a linha tênue pra vocês que difere dificuldade de cu doce?

Cafa > Geralmente quanto mais gata e gostosa uma mulher, mais cu doce ela faz, pois mais homens a disputam. Famosa lei da oferta e demanda. Isso é um saco, pois tem mulher que realmente não está a fim e ai o cara chega todo simpático e educado para conversar e ela dá um fora escroto. Por outro lado, mulher chegando com cantadas é constrangedor e parece desespero (reclamem feministas). O famoso olhar 3 (segundos) já sinaliza que você está a fim.

Leitora: Sobre os caminhos que podem levar a uma traição e sobre o que você pensa a respeito de mulheres que se contentam em ser amantes

Cafa > Os caminhos são inúmeros. Pode ser mau caráter, pode ser carência, falta de perspectiva, falta de sexo, etc, etc. Eu acho que há uma tríade que precisa estar bem estabelecida para não ocorrer traição: carinho, sexo e perspectiva. Se você gosta da pessoa, há química/sexo frequente e você tem planos futuros, a traição tende a não ocorrer.

Sobre a segunda questão, são mulheres incompletas e cansadas. Elas não conseguem ser a primeira e contentam-se com o banco de reservas numa hipotética (e rara) possibilidade de virar titular.

Leitora: nessa sua viagem você comprou algum presente pra peguete? Pq um cara com quem eu fiquei poucas vezes foi pra fora, e apesar termos nos falado pouco nesse período (e era sempre eu que puxava assunto), ele me trouxe um presente da viagem e eu fiquei sem entender o que ele queria

Cafa > Comprei nada. Essa viagem foi completamente fora de padrão.

Sobre o seu caso, é bem esquisito mesmo. Eu apenas trazia presentes para garotas que eram mais que meras peguetes. Não faz sentido algum trazer presentinho pra alguém que você não se importa. Porém, se o cara te trouxe um imã de geladeira ou algo de baixo valor, pode ter certeza que ele trouxe uma sacola cheia dessas bugigangas e saiu distribuindo pras Tinderelas tal qual um Papai Noel da 25 de Março.

Leitora: E normal um homem não gostar de receber sexo oral? Dizem boquete são flores p os homens… Acho q não! Obs: não é cogitado a possibilidade de q EU não saiba fazer! Pq ele não deixou nem chegar perto

Cafa > Flores não! Digamos que é um chocolate para os homens. Hehehe. Não é nem um pouco normal. Provavelmente ele estava com uma moita lá embaixo, ou tinha operado fimose recentemente, ou portava fungos/candidíase ou simplesmente estava com o pinto sujo. Você tentou fazer de novo em outra situação depois de algumas semanas?

(continua)

Taras femininas

Conheci a Claudia em um bar, trocamos contato e começamos a sair. No primeiro encontro já levei-a pra casa e rolou uma química bacana, nada espetacular. Era muito nova pra mim, 19 anos de idade. Só dava pra ficar na cama mesmo, pois nossos papos tinham um abismo colossal a ponto dela não saber o que era uma adega. Um descalabro pra quem ama vinho, como eu.

Na segunda noite, logo após transarmos, Clau revelou um segredo que me deixou todo animado. Ela tinha terminado com a namoradA recentemente, um namoro de dois anos e eu era o terceiro homem da vida dela. Claro, a primeira coisa que veio na mente do babaca foi “opa, chama lá sua ex pra gente fazer uma brincadeira”. Porém, pensei melhor com a cabeça de cima e isso seria uma ofensa sem noção. Fiquei quieto e esperei o convite vir dela (não que fosse com a sua ex, mas com uma garota também), que nunca chegou.

Lembrei-me dessa história após a leitora Rafa dividir comigo um post do blog Casal Sem Vergonha, em que as leitoras deles enviaram quais seriam as suas fantasias sexuais. É uma lista com 53 coisas, entre algumas bizarrices, os temas se dividem em 4 grandes grupos. Darei minha impressão sobre eles:

 Lesbo – Beijar amiga virou uma modinha tão chata na balada que pra mim sempre foi difícil saber o que era real desejo e o que era uma tentativa de chamar a atenção dos homens. Porém, pelas últimas conversas que tive com mulheres que possuo um papo mais aberto, compreendi que transar com garotas é algo mais comum do que eu imaginava. A cabeça dos homens nesse quesito é aberta, apenas os puritanos/bobos rejeitariam uma garota que curte mulher também. O problema é que a linha entre mente aberta e putaria é bem tênue. A maioria faz o raciocínio com a cabeça debaixo e já imagina uma festinha a três. Semana passada uma leitora me questionou por email se os homens se sentem mais inseguros com uma garota bi. Minha resposta é “não”, porém fatalmente pensarão em putaria. Ai cabe somente a você mostrar que ser bissexual não necessariamente implica festinha. E caso você tenha interesse em festinha e curte o cara, deixe para revelar a tara depois que já tiver bastante intimidade, lançar de início vai te carimbar como festeira e raramente como potencial namorada.

Grupal – Esse é bem delicado. 90% dos homens não veem problema algum em enfiar uma mulher a mais na cama, agora cogite introduzir um cara, é pau na certa. Blablabla machismo e whyscas sache a parte, se você tem uma imensa vontade de dar pra dois caras ao mesmo, eu tenho uma sugestão. Por favor, não recorra a garotos de programa, é um risco imenso. Realizar com um conhecido também não é uma boa ideia, pois sem sombra de dúvidas que a sua história cairia na roda (homem nesse quesito é bem fofoqueiro). Use a tecnologia a seu favor, nosso amigo Tinder. Se você mora numa cidade com mais de 500 mil habitantes, é difícil você encontrar conhecidos por lá. E ai, conheceu o cara gato pinto-loucura? Depois da primeira noite de sexo e saber que ele não é nenhum maluco, abre o jogo. É bem provável que ele dê um jeito. Para evitar risco, vá para um motel.

Voyeurismo – Mulher adora fazer sexo com “plateia” ou ao ar livre. Aprendi isso nessa viagem que fiz. As minhas melhores trepadas foram na área social de um hostel em Tel Aviv, na praia de Waikiki no Havai e duas em um parque de frente para a Opera House em Sydney (Australia). Estão na minha sala de troféu, mas confesso que eu ficava com mais medo que as garotas. Só que algo comum entre elas, é que praticamente ignoravam se estava passando alguém, olhavam raramente ao redor e voltavam a transar com mais entrega e intensidade que dentro de um quarto de hotel.

Veja bem, eu transava nesses lugares não porque sou fã de voyeurismo, mas porque eu me hospedava em hostel em quarto compartilhado, logo não havia muitas opções de lugares pra transar. Eu também não queria entrar a pé ou de táxi em motel. Transar ao ar livre foi uma necessidade que acabou virando algo bacana. Talvez por isso foi legal. Eu não falava pras garotas “vamos ali que o maníaco do parque aqui quer te comer no bosque”. Eu simplesmente falava que era possível observar as estrelas ou os barcos e conversar com mais tranquilidade no lugar. Use essa isca também.

Submissão – Esse grupo aqui eu não tinha sombra de dúvida. Veja na lista e conte as mulheres com tara em dominação. Eu encontrei uma, a retardada que gostaria de ver o namorado com tesão por dar a bunda. Tirando essa maluca, há dezenas de mulheres com tara em “ser submissa, que o cara bata / fale palavrão, ser prostituta, fazer boquete para o policial, transar com militar” e por ai vai. Contraditoriamente, li um monte de mulher aqui em post passado dizendo que gosta de tomar a atitude na conquista e que alguns homens não se importam com isso. De fato. Porém, homem que gosta de dominar, que dá tapa e fala palavrão dificilmente é aquele que não tem atitude em chegar na mulher.

Bizarrices – Nas vielas estreitas e escuras de sites como Redtube, Pornhub, Elephanttube circulam vídeos que até o capeta ficaria com vergonha. Tem gente que acaba literalmente se perdendo por lá. Eu não consigo entender certas taras, como transar com polvo. Coitado.

Enfim, no caso das garotas aqui, além da goiaba que eu citei no grupo acima, vi outras coisas que gostaria de compartilhar pra saber se são casos isolados ou de fato alguém sentiria tesão nisso:

“Pedir para o meu namorado assistir minha transa em vídeo com um ex” – Essa garota deve estar querendo terminar com o namorado e não sabe como falar. Nenhum cara normal teria tesão em assistir o vídeo da namorada dando pro ex. Que coisa mais descabida;

“Ser chupada por dois” – Não consigo visualizar isso. OK, um chupando embaixo e outro em cima, certo? Não tem espaço ali embaixo pra duas bocas não, fatalmente rolaria duas línguas de macho se tocando no meio do caminho entre os dois buracos. Credo;

“Transar com pai e filho junto” – Isso é doentio. Eu não consigo ficar pelado na frente do meu pai. Se um dia ele me visse masturbando, ia morrer de vergonha. Não consigo nem imaginar dividindo uma mulher;

“Transar com um travesti” – Sem comentários.